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China liberta preso depois de 6 anos no corredor da morte

Um chinês condenado à morte por duplo homicídio foi declarado inocente após caso ser reexaminado, uma decisão pouco comum no país

China: Nian Bin, de 38 anos, foi condenado em 2008 por envenenar duas crianças (Mark Ralston/AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 13h07.

Pequim - Um chinês condenado à morte há seis anos por duplo homicídio foi declarado inocente nesta sexta-feira por um tribunal que reexaminou o caso, uma decisão pouco comum na China .

Nian Bin, 38 anos, foi condenado em 2008 por envenenar duas crianças de sua vizinhança, que morreram intoxicadas por veneno contra ratos.

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Seus advogados alegavam que não havia provas do crime e que a polícia o torturou para fazê-lo confessar.

Este tipo de absolvição é muito pouco frequente na China, onde a justiça é controlada pelo Partido Comunista.

Mais de 99,9% dos suspeitos que no ano passado se apresentaram ante os tribunais foram considerados culpados, segundo dados oficiais.

O número de execuções que a China realiza a cada ano não é revelado, mas, segundo cálculos independentes, em 2012 teriam sido executados 3.000 condenados, o que representa uma cifra superior ao total de execuções realizadas em todos os outros países.

As organizações de defesa dos direitos humanos insistem que o uso da força para obter confissões e os procedimentos policiais geralmente levam a erros judiciais.

A Anistia Internacional celebrou a libertação de Nian, na qual viu "uma nova advertência e necessidade de pôr fim a todas as execuções e de abolir a pena de morte no país".

A imprensa chinesa assinalou em várias ocasiões casos de condenados cuja inocência foi comprovada depois de sua execução, em algumas ocasiões porque a vítima supostamente assassinada era achada com vida posteriormente.

A China prometeu em novembro passado reduzir a lista de crimes passíveis à pena de morte.

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