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China lança programa de TV para promover guerra à corrupção

Programa "Em Nome do Povo" acompanha um investigador que vai a uma província fictícia combater a corrupção na máquina governamental

China: presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que sua guerra de muitos anos à corrupção (Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 24 de março de 2017 às 14h15.

Pequim - Perseguições de helicóptero, geladeiras cheias de dinheiro e autoridades pegas na cama com suas amantes estrangeiras fazem parte do cotidiano dos procuradores da força anticorrupção da China , de acordo com um novo drama televisivo patrocinado pelo Estado cujo objetivo é promover a guerra contra a corrupção no país.

"Em Nome do Povo", o novo programa do departamento de propaganda da Procuradoria Suprema do Povo (SPP, na sigla em inglês), a principal procuradoria da China, acompanha um intrépido investigador da SPP que vai a uma província fictícia de Pequim combater a corrupção nos níveis mais altos da máquina governamental.

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O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que sua guerra de muitos anos à corrupção, que já prendeu dezenas de milhares de autoridades, irá continuar até a prática estar totalmente erradicada, alertando que ela poderia ameaçar a existência do Partido Comunista se não for extirpada.

Mas acadêmicos vêm questionando a durabilidade da campanha de Xi, que irá iniciar seu segundo mandato após uma reforma na liderança no final deste ano, argumentando que o ressentimento deve aumentar no partido se as medidas anticorrupção prosseguirem com a abrangência e a intensidade atuais.

A versão dramatizada dos eventos que irá ao ar, a primeira do tipo desde que a campanha começou, mostra o procurador liderando uma investigação que inclui policiais fazendo rapel e operações em apartamentos de autoridades nas quais se descobrem colchões repletos de notas de 100 iuanes, segundo o comunicado oficial.

O programa irá estrear em 28 de março na Hunan Television, o segundo canal mais assistido da China.

O romancista chinês famoso Zhou Meiseescreveu o roteiro, além de um romance homônimo publicado em janeiro com apoio do SPP, que permitiu que ele entrevistasse autoridades corruptas na prisão.

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