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China julga 2º membro de movimento civil

Um forte esquema de segurança foi mobilizado nesta quinta-feira em torno do Tribunal de Primeira Instância de Haidian

Polícia chinesa: um cordão policial de agentes uniformizados e à paisana impedia o acesso ao tribunal e se estendia pelas ruas próximas (Goh Chai Hin/AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 05h34.

Pequim - Um forte esquema de segurança foi mobilizado nesta quinta-feira em torno do Tribunal de Primeira Instância de Haidian, no nordeste de Pequim, onde se realiza a audiência contra o ativista Zhao Changqing, o segundo membro do movimento civil "Novo Cidadão" que comparece a julgamento em dois dias.

Um cordão policial de agentes uniformizados e à paisana impedia o acesso ao tribunal e se estendia pelas ruas próximas.

O julgamento, em que Zhao é acusado de alterar a ordem pública, será realizado a portas fechadas, assim como que ocorreu ontem contra Xu Zhiyong, fundador do "Novo Cidadão", um movimento civil que reivindica que os líderes chineses divulguem seus bens, como medida de combate à corrupção.

Vários diplomatas europeus e americanos, que tinham solicitado permissão para assistir ao julgamento, conseguiram entrar no edifício do tribunal, mas tiveram acesso negado à sala da audiência com o argumento de que não havia espaço suficiente.

Diversos ativistas compareceram nas proximidades do tribunal para expressar seu apoio a Zhao e expor suas próprias queixas.

Entre eles se encontrava a ativista dos direitos humanos Mao Hengfeng, que foi levada pelos agentes depois de alguns minutos, conforme constatou a Agência Efe.


A audiência contra Zhao faz parte de uma série de julgamentos contra ativistas do movimento "Novo Cidadão" que continuarão na próxima semana.

O julgamento de Xu ontem, também pela acusação de alteração da ordem pública, se prolongou durante seis horas e concluiu sem veredicto, nem data para seu anúncio, confirmou o advogado do fundador do movimento, Zhang Qinfang.

Xu, que tinha sido preso em julho do ano passado, renunciou à sua defesa como protesto, por isso considerou que seu julgamento não foi imparcial. O tribunal rejeitou convocar às testemunhas que ele tinha solicitado.

Outro proeminente acusado, o cofundador do "Novo Cidadão" e milionário Wang Gongquan, foi libertado com o pagamento de fiança após admitir a acusação de alteração da ordem pública, segundo o Tribunal Intermediário Número 1, encarregado do caso, em seu perfil no microblog Weibo, similar ao Twitter.

Em dezembro, Gongquan, que foi detido em outubro, gravou uma declaração na qual garantia que acabaria com sua relação com Xu "se isso fosse a vontade das autoridades".

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Pequim - Um forte esquema de segurança foi mobilizado nesta quinta-feira em torno do Tribunal de Primeira Instância de Haidian, no nordeste de Pequim, onde se realiza a audiência contra o ativista Zhao Changqing, o segundo membro do movimento civil "Novo Cidadão" que comparece a julgamento em dois dias.

Um cordão policial de agentes uniformizados e à paisana impedia o acesso ao tribunal e se estendia pelas ruas próximas.

O julgamento, em que Zhao é acusado de alterar a ordem pública, será realizado a portas fechadas, assim como que ocorreu ontem contra Xu Zhiyong, fundador do "Novo Cidadão", um movimento civil que reivindica que os líderes chineses divulguem seus bens, como medida de combate à corrupção.

Vários diplomatas europeus e americanos, que tinham solicitado permissão para assistir ao julgamento, conseguiram entrar no edifício do tribunal, mas tiveram acesso negado à sala da audiência com o argumento de que não havia espaço suficiente.

Diversos ativistas compareceram nas proximidades do tribunal para expressar seu apoio a Zhao e expor suas próprias queixas.

Entre eles se encontrava a ativista dos direitos humanos Mao Hengfeng, que foi levada pelos agentes depois de alguns minutos, conforme constatou a Agência Efe.


A audiência contra Zhao faz parte de uma série de julgamentos contra ativistas do movimento "Novo Cidadão" que continuarão na próxima semana.

O julgamento de Xu ontem, também pela acusação de alteração da ordem pública, se prolongou durante seis horas e concluiu sem veredicto, nem data para seu anúncio, confirmou o advogado do fundador do movimento, Zhang Qinfang.

Xu, que tinha sido preso em julho do ano passado, renunciou à sua defesa como protesto, por isso considerou que seu julgamento não foi imparcial. O tribunal rejeitou convocar às testemunhas que ele tinha solicitado.

Outro proeminente acusado, o cofundador do "Novo Cidadão" e milionário Wang Gongquan, foi libertado com o pagamento de fiança após admitir a acusação de alteração da ordem pública, segundo o Tribunal Intermediário Número 1, encarregado do caso, em seu perfil no microblog Weibo, similar ao Twitter.

Em dezembro, Gongquan, que foi detido em outubro, gravou uma declaração na qual garantia que acabaria com sua relação com Xu "se isso fosse a vontade das autoridades".

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