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China irá processar ex-chefe de espionagem por corrupção

Ma Jian, que foi submetido a uma investigação em janeiro de 2015, foi expulso do Partido Comunista e será entregue às autoridades legais

Corrupção na China: inquérito revelou que Ma abusou do cargo para beneficiar interesses comerciais de familiares (Getty Images)

Corrupção na China: inquérito revelou que Ma abusou do cargo para beneficiar interesses comerciais de familiares (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 09h19.

Pequim - A China irá processar um de seus ex-chefes de espionagem depois de acusá-lo de praticar suborno e abuso de poder para interferir no cumprimento da lei, informou o Partido Comunista nesta sexta-feira.

Ma Jian, que já ocupou o cargo de vice-ministro do Ministério de Segurança Estatal chinês, é o funcionário de segurança mais graduado a ser investigado desde que o ex-czar de segurança interna Zhou Yongkang se envolveu em um escândalo de corrupção e foi condenado à prisão perpétua no ano passado.

Ma, que foi submetido a uma investigação em janeiro de 2015, foi expulso do partido e será entregue às autoridades legais, informou a agência anticorrupção da legenda, o Comitê Central de Inspeção de Disciplina, o que significa que ele será processado.

Um inquérito revelou que Ma abusou do cargo para beneficiar interesses comerciais de familiares, interferiu em atividades de cumprimento da lei não especificadas e recebeu propinas, disse a agência em um comunicado breve.

Não foi possível contatar Ma para obter comentários e não ficou claro se ele contratou um advogado. Os tribunais são controlados pelo partido e não irão contestar suas acusações.

O poderoso Ministério de Segurança Estatal é uma operação semelhante à antiga KGB soviética que espiona seus cidadãos e estrangeiros interna e externamente. Ele é um dos organismos mais obscuros da China e não tem um site público nem um porta-voz.

Uma fonte que tem laços com a liderança havia dito à Reuters anteriormente que Ma era diretor do "escritório no 8" da pasta, que é responsável por atividades de contraespionagem de estrangeiros, a maioria diplomatas, empresários e repórteres.

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