China impulsiona ações de vacinação, mas idosos ainda estão relutantes
Na capital Pequim, o bairro de Liulidun promete entregar às pessoas com mais de 60 anos até US$ 70, desde que recebam duas doses da vacina e um reforço
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de dezembro de 2022 às 13h17.
Autoridades chinesas estão indo de porta em porta e pagando para pessoas acima de 60 anos se vacinarem contra a covid-19. Contudo embora os casos estejam aumentando, idosos estão preocupados com possíveis efeitos colaterais, como febres ou coágulos sanguíneos, entre outros.
A Comissão Nacional de Saúde da China (NHC, na sigla em inglês) anunciou em 23 de dezembro que o número de pessoas vacinadas diariamente mais do que dobrou, para 3,5 milhões em todo o país. O número, porém, ainda é uma pequena fração das dezenas de milhões de injeções que estavam sendo administradas todos os dias no início de 2021.
Na capital Pequim, o bairro de Liulidun promete entregar às pessoas com mais de 60 anos até 500 yuans (US$ 70), desde que recebam duas doses da vacina e um reforço. Segundo a NHC, mais de 90% das pessoas na China já foram vacinadas, mas apenas cerca de dois terços das pessoas com mais de 80 anos fazem parte desse grupo.
Após eliminar a política de erradicação total da covid-19, a China está enfrentando um aumento no número de surtos epidêmicos pelo país, com hospitais e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) lotados. Especialistas preveem que em 2023 o país deve registrar entre 1 milhão a 2 milhões de mortes relacionadas à doença.