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China exige punição severa após 39 mortos em caminhão na Inglaterra

Além do motorista do caminhão, a polícia britânica prendeu nesta sexta-feira dois suspeitos

Caminhão: polícia acredita que as vítimas são chinesas (Peter Nicholls/Reuters)

Caminhão: polícia acredita que as vítimas são chinesas (Peter Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 10h16.

Última atualização em 25 de outubro de 2019 às 10h41.

Grays, Inglaterra — A China pediu ao Reino Unido nesta sexta-feira que aplique uma "punição severa" aos envolvidos nas mortes de 39 pessoas, que se acredita serem cidadãs chinesas, encontradas no interior de um caminhão perto de Londres, enquanto a polícia britânica prendeu mais duas pessoas nesta sexta-feira sob suspeita de assassinato.

Um homem e uma mulher de 38 anos, moradores da cidade de Warrington, no norte da Inglaterra, foram presos e são suspeitos de tráfico de seres humanos e de 39 homicídios, informou a polícia em comunicado.

Autópsias de 11 dos mortos começaram enquanto a polícia e especialistas forenses tentam identificar as vítimas, como morreram e quem está implicado na suposta rede de tráfico humano.

A polícia britânica informou ter detido um homem e uma mulher, ambos de 38 anos, em Warrington, noroeste da Inglaterra, sob suspeita de conspirar com tráfico de pessoas e por 39 acusações de homicídio culposo.

Detetives continuam interrogando o motorista norte-irlandês de 25 anos do caminhão, que foi preso após a chocante descoberta dos corpos na traseira do caminhão refrigerado em uma propriedade industrial próxima da capital inglesa no início da manhã de quarta-feira.

Ele não foi identificado formalmente, mas uma fonte a par da investigação disse se tratar de Mo Robinson, da área de Portadown, na província britânica. Detetives decidirão mais tarde se o acusam de algum crime, o libertam ou pedem que um tribunal lhes conceda mais tempo de interrogatório.

Mas tarde na quinta-feira, autoridades britânicas transferiram 11 das vítimas --31 homens e oito mulheres-- de um local seguro nas docas de Tilbury, propriedade industrial situada cerca de 30 quilômetros a leste de Londres em que os corpos foram encontrados, ao necrotério de um hospital.

O processo de identificar os mortos começava a determinar levará algum tempo enquanto se realizam autópsias para determinar exatamente como eles morreram.

A embaixada da China em Londres disse que enviou uma equipe a Essex, e a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse que a polícia ainda não conseguiu verificar as nacionalidades dos falecidos.

"Esperamos que o lado britânico consiga confirmar e verificar o mais rápido possível as identidades das vítimas, determinar o que aconteceu e punir severamente os criminosos envolvidos no caso", disse ela em um boletim diário à imprensa.

Há anos imigrantes ilegais tentam chegar ao Reino Unido escondidos em caminhões, muitas vezes vindos da Europa continental.

Em 2000, 58 chineses foram encontrados espremidos em um caminhão de tomates no porto de Dover.

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