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China é como fumante com risco de câncer devido a emissões

A poluição aérea em Pequim alcançou oito vezes os níveis que, segundo a Organização Mundial da Saúde, aumentam o risco à saúde

Pessoas visitam a Praça Tiananmen rodeada por uma grossa camada de poluição: é preciso reduzir a dependência das indústrias pesadas para restringir a poluição do ar (ChinaFotoPress/ChinaFotoPress via Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 15h04.

Pequim - A poluição do ar na China , o maior emissor de carbono do mundo, alcançou níveis intoleráveis e o país deveria reduzir agressivamente sua dependência do carvão, segundo o Centro Nacional para Estratégias de Mudança Climática e Cooperação Internacional.

“A poluição da China está em um estágio insuportável”, disse Li Junfeng, diretor geral do órgão estatal que aconselha o governo sobre assuntos ligados à mudança climática, ontem em uma conferência em Pequim. “É como um fumante que precisa parar de fumar de vez ou correrá o risco de ter câncer de pulmão”.

A China, que atualmente usa carvão para obter cerca de 65 por cento da sua energia, deveria reduzir essa proporção dois pontos porcentuais por ano, de acordo com Li. Os comentários chegam quando a poluição aérea em Pequim alcançou oito vezes os níveis que, segundo a Organização Mundial da Saúde, aumentam o risco à saúde.

O ente regulador de proteção ambiental da China enviou equipes de inspetores à capital e às áreas circundantes para monitorar os esforços das autoridades locais para combater a poluição.

A segunda maior economia do mundo precisa reduzir a dependência das indústrias pesadas para restringir a poluição do ar, além de diminuir a proporção de carvão entre os tipos de energia que utiliza, disse Ma Jun, economista-chefe para a Grande China do Deutsche Bank AG, na mesma conferência.

“A China deveria diminuir a proporção das indústrias pesadas na produção doméstica bruta em 9 pontos porcentuais entre 2013 e 2030 para cumprir com sua meta de redução de poluição”, disse Ma.


Metas de redução

As indústrias pesadas, como a construção e a fabricação, representaram 46 por cento da economia em 2012, segundo Ma. Ele propôs reduzir a proporção do carvão no consumo de energia para 46 por cento até 2030, e aumentar o uso de energia limpa na mesma proporção até aquele ano.

As províncias e as maiores cidades da China receberam metas para reduzir as principais concentrações de alguns poluidores do ar entre 5 por cento e 25 por cento até 2017, em comparação com os níveis de 2012.

Cada vez mais cidades chinesas aplicam medidas de emergência para combater o smog em meio à crescente agitação social sobre os efeitos para a saúde provocados por um meio ambiente deteriorado.

A concentração de PM2,5, partículas inaláveis finas que apresentam o maior risco à saúde humana, foi de 198 microgramas por metro cúbico perto da Praça da Paz Celestial na capital da China às 11 horas de ontem, disse no seu site o Centro de Monitoramento Ambiental da Prefeitura de Pequim.

A OMS recomenda níveis máximos de 25 microgramas por metro cúbico em 24 horas.

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Pequim - A poluição do ar na China , o maior emissor de carbono do mundo, alcançou níveis intoleráveis e o país deveria reduzir agressivamente sua dependência do carvão, segundo o Centro Nacional para Estratégias de Mudança Climática e Cooperação Internacional.

“A poluição da China está em um estágio insuportável”, disse Li Junfeng, diretor geral do órgão estatal que aconselha o governo sobre assuntos ligados à mudança climática, ontem em uma conferência em Pequim. “É como um fumante que precisa parar de fumar de vez ou correrá o risco de ter câncer de pulmão”.

A China, que atualmente usa carvão para obter cerca de 65 por cento da sua energia, deveria reduzir essa proporção dois pontos porcentuais por ano, de acordo com Li. Os comentários chegam quando a poluição aérea em Pequim alcançou oito vezes os níveis que, segundo a Organização Mundial da Saúde, aumentam o risco à saúde.

O ente regulador de proteção ambiental da China enviou equipes de inspetores à capital e às áreas circundantes para monitorar os esforços das autoridades locais para combater a poluição.

A segunda maior economia do mundo precisa reduzir a dependência das indústrias pesadas para restringir a poluição do ar, além de diminuir a proporção de carvão entre os tipos de energia que utiliza, disse Ma Jun, economista-chefe para a Grande China do Deutsche Bank AG, na mesma conferência.

“A China deveria diminuir a proporção das indústrias pesadas na produção doméstica bruta em 9 pontos porcentuais entre 2013 e 2030 para cumprir com sua meta de redução de poluição”, disse Ma.


Metas de redução

As indústrias pesadas, como a construção e a fabricação, representaram 46 por cento da economia em 2012, segundo Ma. Ele propôs reduzir a proporção do carvão no consumo de energia para 46 por cento até 2030, e aumentar o uso de energia limpa na mesma proporção até aquele ano.

As províncias e as maiores cidades da China receberam metas para reduzir as principais concentrações de alguns poluidores do ar entre 5 por cento e 25 por cento até 2017, em comparação com os níveis de 2012.

Cada vez mais cidades chinesas aplicam medidas de emergência para combater o smog em meio à crescente agitação social sobre os efeitos para a saúde provocados por um meio ambiente deteriorado.

A concentração de PM2,5, partículas inaláveis finas que apresentam o maior risco à saúde humana, foi de 198 microgramas por metro cúbico perto da Praça da Paz Celestial na capital da China às 11 horas de ontem, disse no seu site o Centro de Monitoramento Ambiental da Prefeitura de Pequim.

A OMS recomenda níveis máximos de 25 microgramas por metro cúbico em 24 horas.

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