O exercício militar da Coréia do Sul e EUA é uma resposta ao ataque norte-coreano (Chung Sung-Jun//Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2010 às 10h47.
Pequim - O Ministério de Relações Exteriores chinês advertiu nesta sexta-feira que se opõe "a qualquer operação militar sem permissão em sua região econômica exclusiva", em resposta aos planos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul de realizar manobras navais conjuntas em águas do oeste da Península Coreana.
O porta-voz do Ministério, Hong Lei, assinalou em comunicado veiculado pela agência oficial "Xinhua", que "a situação na Península Coreana é altamente complicada e sensível, e todas as partes implicadas devem manter a calma e agir com moderação".
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul decidiram efetuar os exercícios militares no próximo dia 28 de novembro, em resposta ao ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong que causou quatro mortes nesta semana.
A advertência é a primeira alusão direta da China ao episódio, após ter adotado nos últimos dias um tom neutro que em vez de qualificar os incidentes como um "ataque norte-coreano", o classificou como "uma troca de artilharia" entre as duas Coreias.
Na quarta-feira passada, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, declarou de Moscou que seu Governo "se opõe a provocações militares em qualquer uma de suas formas" na Península Coreana, sem destacar nenhum país, e pediu a todas as partes "a máxima contenção".
A China é o único aliado político da Coreia do Norte e seu principal fornecedor de ajuda econômica. Neste ano, ambos os regimes comunistas celebraram o 60º aniversário do início da Guerra da Coreia, na qual lutaram contra o Sul (apoiado pelos EUA) e que terminou com um armistício, sem acordo de paz, em 1953.