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China deve ampliar estímulo econômico

Pacote de US$ 585 bilhões anunciado em novembro deve ganhar recursos adicionais; anúncio pode ser feito nesta quinta-feira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A China está preparando medidas adicionais de estímulo econômico que se somariam ao pacote de 585 bilhões de dólares anunciado em novembro do ano passado. Algumas medidas poderão ser anunciadas já nesta quinta-feira, segundo a agência de notícias Reuters.

O dinheiro do pacote inicial deverá ser gasto em obras de infra-estrutura em um período de dois anos. No entanto, com a rápida deterioração da economia global, o governo chinês teria decidido ampliar o alcance das medidas para evitar que a economia seja afetada demais pela crise.

Li Deshui, o ex-presidente do escritório de estatísticas da China e ex-diretor do comitê de política monetária do Banco Central, afirmou que as medidas serão anunciadas pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao, em discurso no Congresso Nacional do Povo.

Apesar de Li Deshui não possuir um cargo formal no governo chinês neste momento, ele é considerado bastante próximo ao governo. Suas declarações fizeram a bolsa de Xangai disparar 6,2% nesta quarta-feira e também trouxeram otimismo a outros mercados pelo mundo.

Qual o tamanho do novo pacote?

Os rumores que circulam são que o pacote de 585 bilhões de dólares anunciado pela China poderia ser ampliado em 100% a 150%. Ainda não se sabe exatamente como a China vai gastar o dinheiro, mas obras de infra-estrutura que ajudem a gerar empregos devem ser o foco.

Desde novembro, governos locais da China têm apresentado projetos de infra-estrutura que auxiliem no desenvolvimento do país. O total de projetos apresentados já soma mais de 2 trilhões de dólares.

A soma seria mais do que suficiente para o governo cumprir a promessa de fazer o PIB crescer 8% neste ano. O Fundo Monetário Internacional não está tão otimista quando o governo e prevê uma expansão econômica de 6,7%. Outros economistas são ainda mais céticos.

Economistas também têm alertado que, além de obras de infra-estrutura, a China também precisa divulgar medidas que encorajem o consumo. Com a desaceleração mundial, um dos pilares do crescimento econômico chinês, a exportações de produtos manufaturados, está sendo bastante afetada. Com isso, o país ficou mais dependente do mercado interno.

A rápida recuperação da China é bastante importante para o resto da economia global, principalmente em um momento de fraqueza nos Estados Unidos, Europa e Japão.

A China é um ávido consumidor das commodities produzidas pela América Latina, o que torna uma possível rápida desaceleração da China particularmente preocupante para o Brasil.
 

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