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China apoia diálogo entre EUA e Coreia do Norte

O ministro das relações exteriores apelou para que os países conversem com urgência

"A questão em torno da Península coreana finalmente deu um passo importante na boa direção", diz Wang Yi (Jason Lee/Reuters)

"A questão em torno da Península coreana finalmente deu um passo importante na boa direção", diz Wang Yi (Jason Lee/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de março de 2018 às 10h12.

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, exortou nesta quinta-feira Estados Unidos e Coreia do Norte a iniciarem um diálogo o mais cedo possível, depois que Pyongyang e Seul concordaram em celebrar uma cúpula sobre a crise nuclear.

"Lançamos um apelo a todas as partes, especialmente a Estados Unidos e Coreia do Norte, para que entrem em contato e dialoguem o mais cedo possível", declarou Wang Yi em entrevista coletiva.

"A questão em torno da Península coreana finalmente deu um passo importante na boa direção".

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, celebrarão uma cúpula na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ) no próximo mês, acertada com a delegação sul-coreana na recente visita histórica a Pyongyang.

Durante a visita, Kim prometeu à delegação de Seul que o Norte deterá seus testes nucleares e de mísseis por ocasião da cúpula.

"A questão em torno da Península coreana finalmente deu um passo importante na boa direção", avaliou o chanceler chinês.

Mas Wang recordou que no passado houve avanços neste sentido que fracassaram.

"Apesar de se ver a luz no fim do túnel, a viagem não será tranquila. A história nos lembra que uma vez ou outra, enquanto persistir a tensão na península, a situação pode se complicar por várias interferências".

"Agora chegou o momento crucial de se testar a sinceridade das partes para resolver o tema nuclear".

Na mesma entrevista, Wang Yi declarou que Pequim adotará "sem dúvida" uma "resposta apropriada e necessária" diante de possíveis sanções comerciais americanas", em referência às taxações anunciadas por Washington sobre as importações de aço e alumínio.

"Nesta nossa era globalizada, os que recorrerem a uma guerra comercial vão estar escolhendo o remédio equivocado, e não conseguirão outra coisa que penalizar outros e eles mesmos", acrescentou Wang sobre as tarifas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump.

O anúncio de que os Estados Unidos aplicarão tarifas de até 25% sobre as importações do aço e de 10% sobre o alumínio deflagrou uma onda global de incerteza e os temores de uma guerra comercial de consequências imprevisíveis.

 

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