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China anuncia sanções contra 13 empresas dos EUA por venderem armas a Taiwan

Em uma coletiva de imprensa, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês chamou as transações comerciais de "grave violação"

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China ( VCG/VCG /Getty Images)

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China ( VCG/VCG /Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 08h56.

Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 09h01.

O governo da China anunciou nesta quinta-feira, 5, um novo conjunto de sanções contra 13 empresas dos Estados Unidos por venderem armas a Taiwan, ao mesmo tempo em que advertiu que a “independência” da ilha é “incompatível” com a paz no Estreito.

Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, declarou que as "repetidas" vendas de armas a Taiwan por parte dos Estados Unidos constituem "uma grave violação do princípio de 'uma só China'" e uma "grave ingerência nos assuntos internos" do gigante asiático.

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Lin também instou Washington a “cumprir seus compromissos de não apoiar a independência de Taiwan” e a “parar imediatamente de armar” a ilha.

Segundo um comunicado publicado pela chancelaria chinesa em seu site, entre as 13 companhias afetadas estão empresas que se dedicam à fabricação de drones, inteligência artificial e comunicação militar, entre outras áreas.

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As empresas são Teledyne Brown Engineering, BRINC Drones, Rapid Flight, Red Six Solutions, Shield AI, SYNEXXUS, Firestorm Labs, Kratos Unmanned Aerial Systems, HavocAI, Neros Technologies, Cyberlux Corporation, Domo Tactical Communications e Group W.

Estas empresas terão os seus ativos congelados na China, onde pessoas e organizações serão proibidas de cooperar com elas.

As medidas afetam também os executivos destas instituições, que também estarão sujeitos ao congelamento dos seus bens na China e à recusa de vistos de entrada a partir desta quinta-feira.

No último mês de outubro, a China já havia sancionado três empresas de defesa americanas, também por fornecerem armas a Taiwan.

Esta nova rodada de sanções foi anunciada no mesmo dia em que o presidente taiwanês, William Lai, fez escala no território americano de Guam, no âmbito de uma viagem mais ampla pelo Pacífico Sul.

Taiwan – para onde o Exército nacionalista chinês se retirou após a derrota nas mãos das tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) – tem sido governado de forma autônoma desde o fim da guerra, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha que considera uma província rebelde, para cuja “reunificação” não descarta o uso da força.

A questão taiwanesa é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taipei e poderiam defender a ilha em caso de conflito.

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