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China adverte EUA por visitas de Dalai Lama e de Taiwan

Dalai Lama está na capital americana, enquanto a presidente de Taiwan passará pelos Estados Unidos antes e depois de sua viagem ao Panamá e ao Paraguai


	Dalai Lama: o porta-voz lembrou que o governo americano assumiu um "compromisso sério" com a política de uma só China defendida por Pequim
 (Kevin Lamarque / Reuters)

Dalai Lama: o porta-voz lembrou que o governo americano assumiu um "compromisso sério" com a política de uma só China defendida por Pequim (Kevin Lamarque / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 08h33.

Pequim - O governo da China avisou nesta terça-feira aos Estados Unidos que espera que as visitas ao país de Dalai Lama e do presidente de Taiwan não ponham em dúvida o apoio de Washington à política de uma só China mantida por Pequim.

Dalai Lama está na capital americana, enquanto a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, passará pelos Estados Unidos antes e depois de sua viagem da próxima semana ao Panamá e ao Paraguai.

"Esperamos que o governo dos EUA cumpra seus compromissos e não enviem sinais equivocados que tenham dividir a China", afirmou hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, em entrevista coletiva realizada em Pequim.

O porta-voz lembrou que o governo americano assumiu um "compromisso sério" com a política de uma só China defendida por Pequim, e reiterou que o governo chinês espera que os EUA "cumpram seus compromissos".

Atualmente, os EUA mantêm relações diplomáticas com a China, apesar de também ser aliado de Taiwan diante de uma hipotética invasão chinesa.

Tsai, que inicia na próxima semana uma viagem ao Panamá e Paraguai, realizará escalas em Miami e Los Angeles, onde manterá contatos com políticos e funcionários do governo dos EUA.

Lu reiterou que a posição de Washington deve ser "reconhecer a política de uma só China e manifestar sua oposição de independentismo de Tsai".

Além disso, o porta-voz da Chancelaria chinesa manifestou críticas à presença de Dalai Lama, líder espiritual do budismo e do Tibete, que Pequim considera como líder do separatismo tibetano.

"Pedimos que todos os governos não deem ao Dalai Lama a oportunidade de realizar atividades independentistas", afirmou.

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