Xi Jinping, presidente chinês: epidemia no país já provocou a morte de mais de 360 pessoas e o contágio de mais de 17.000 (WANG ZHAO/AFP)
AFP
Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 06h47.
São Paulo — A China criticou duramente nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos por ter iniciado restrições contra cidadãos chineses em consequência da epidemia do novo coronavírus, acusando Washington de "criar e espalhar o pânico".
O governo americano "foi o primeiro a retirar os funcionários do consulado em Wuhan, a mencionar a retirada parcial dos funcionários da embaixada e a impor uma proibição de entrada no território aos visitantes chineses", disse Hua Chunying, porta-voz da diplomacia de Pequim.
"Não param de criar e espalhar o pânico, o que dá um exemplo muito ruim", completou, durante uma apresentação na rede social chinesa WeChat.
Washington proibiu a entrada em território americano de todos os não residentes procedentes da China e recomendou a seus cidadãos que evitem viajar ao país asiático ou abandonem o país.
A medida afeta muitos chineses e estrangeiros, que estão impossibilitados de voltar a seus postos de trabalho, a suas universidades ou de fazer turismo nos Estados Unidos.
"O governo americano não nos deu até agora nenhuma ajuda substancial", disse Hua, antes de acrescentar que a China já recebeu insumos médicos de vários países, como França, Japão, Turquia, Paquistão, Irã, Rússia e Reino Unido.
A China precisa de maneira urgente de máscara e outros produtos médicos, como óculos e trajes de proteção, para enfrentar a epidemia do novo coronavírus, destacou a porta-voz.
A epidemia na China já provocou a morte de mais de 360 pessoas e o contágio de mais de 17.000, de acordo com o balanço atualizado divulgado nesta segunda-feira pelas autoridades do país.