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Chile terá 8 candidatos à presidência nas eleições de novembro

Na mesma votação, os chilenos também elegerão 23 senadores, de um total de 50 cadeiras da Câmara Alta, 155 deputados e 278 conselheiros regionais

Chile: no próximo dia 2 de setembro será divulgado se as candidaturas serão aceitas (Martin Bernetti/AFP)

Chile: no próximo dia 2 de setembro será divulgado se as candidaturas serão aceitas (Martin Bernetti/AFP)

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EFE

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 16h09.

Santiago do Chile - Oito candidatos concorrerão à Presidência do Chile nas eleições que acontecerão em 19 de novembro, após expirar na última meia-noite o prazo legal para a inscrição de candidaturas.

Na mesma votação, os chilenos também elegerão 23 senadores, de um total de 50 cadeiras da Câmara Alta, 155 deputados e 278 conselheiros regionais, segundo números do Serviço Eleitoral (Servel).

Até um mês atrás, os candidatos presidenciais eram 15, mas sete renunciaram por não terem conseguido juntar as 33.500 assinaturas necessárias para confirmar suas candidaturas.

Na entre os nomes que concorrem à presidência estão o ex-presidente Sebastián Piñera (2010-2014), que ganhou em julho as primárias da coalizão direitista Chile Vamos e que, como favorito nas pesquisas, busca um segundo mandato.

A coalizão governista Nova Maioria chega dividida. Seu candidato formal é o senador independente Alejandro Guillier, que rejeitou concorrer pelos partidos que o escolheram como porta-voz e optou por reunir as assinaturas requeridas para candidaturas independentes.

A Democracia Cristã (DC) decidiu lançar como candidata sua líder, a senadora Carolina Goic, que quase abandonou o partido após uma crise interna.

A jornalista Beatriz Sánchez, de 46 anos, é a candidata da esquerdista Frente Ampla (FA), após vencer nas primárias o sociólogo Alberto Mayol, que posteriormente se apresentou como candidato a deputado, em uma polêmica decisão que gerou uma crise nesta emergente coalizão integrada por 12 partidos políticos.

Outros candidatos são Marco Enríquez-Ominami, com baixos índices nas pesquisas e que concorre pela terceira vez em uma eleição presidencial à frente do Partido Progressista, e o senador Alejandro Navarro, um ex-socialista próximo ao movimento bolivariano.

Por sua vez, o deputado José Antonio Kast renunciou à União Democrata Independente (UDI), na qual militou durante muitos anos, para ser candidato em nome de grupos ultraconservadores, círculos de militares reformados e partidários da ditadura de Augusto Pinochet.

No outro extremo do espectro político está o professor Eduardo Artés, candidato do partido de extrema-esquerda União Patriótica (UPA), classificado como stalinista por alguns setores. Antigo admirador de Mao Tse-Tung e da Revolução Cultural, Artés hoje é defensor do regime norte-coreano e considera o Partido Comunista do Chile como traidor.

Após a confirmação das candidaturas, o Serviço Eleitoral deve agora revisar a documentação para confirmar se cumprem com os requisitos legais.

No próximo dia 2 de setembro será divulgado se as candidaturas presidenciais, parlamentares e de conselheiros regionais serão aceitas ou rejeitadas.

Segundo o censo provisório do Servel, no Chile há 14.308.131 eleitores aptos a votar nas eleições de novembro, aos quais devem se somar outros 39.129 chilenos que vivem fora do país.

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