O diretor testemunhou perante o Parlamento para desmentir as informações (Kyodo/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de março de 2018 às 09h45.
Tóquio - O diretor da Agência Tributária do Japão, Nobuhisa Sagawa, renunciou nesta sexta-feira pelo seu envolvimento em um suposto caso de ajuda a uma creche que promovia ideias ultra-nacionalistas, um escândalo que envolveu o primeiro-ministro, Shinzo Abe.
O até agora chefe da Fazenda japonesa estava no ponto de mira após serem descobertos documentos e gravações que demonstrariam que, sendo ele responsável da Agência, houve negociações pelo preço de terrenos entre as autoridades e uma instituição educativa privada.
Sagawa testemunhou perante o Parlamento para desmentir estas informações.
O escândalo tem a ver com o centro educativo de Osaka (oeste) Moritomo Gakuen, cujo presidente disse que tinha comprado terrenos para construir uma nova creche a um preço muito abaixo do mercado graças à mediação das autoridades.
Também afirmou que tinha recebido um donativo pessoal de Abe, algo que o chefe do Governo negou.
A polêmica sobre a creche cresceu ao ser revelado que em os funcionários faziam os alunos recitar palavras nacionalistas e militaristas, contrárias à China e à Coréia do Sul, ou de apoio ao próprio premiê.