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Chavistas e jornalistas lotam arredores de hospital

Soldados da Polícia Nacional Bolivariana também estão fazendo a vigilância no estacionamento e nos acessos do centro de saúde

Chavistas comemoram retorno de Chávez: nas imediações do hospital, os seguidores de Chávez cantam e celebram a chegada do presidente. (REUTERS/Jorge Silva)

Chavistas comemoram retorno de Chávez: nas imediações do hospital, os seguidores de Chávez cantam e celebram a chegada do presidente. (REUTERS/Jorge Silva)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 14h41.

Caracas - Partidários de Hugo Chávez, jornalistas e membros da Guarda de Honra presidencial e da Polícia Nacional tomaram conta das proximidades do Hospital Militar de Caracas, onde se encontra internado o chefe de Estado desde a madrugada desta segunda-feira.

Dezenas de chavistas e jornalistas da imprensa nacional e internacional se concentram em frente ao hospital Dr. Carlos Arvelo, que apresenta acesso normal, mas conta com controles policiais no seu interior e cercanias.

O acesso pelos corredores do hospital é livre, apesar de a Guarda de Honra controlar algumas áreas e acessos aos corredores e elevadores do edifício central, conforme constatou a Agência Efe.

Soldados da Polícia Nacional Bolivariana também estão fazendo a vigilância no estacionamento e nos acessos do centro de saúde.

Nas imediações do hospital, os seguidores de Chávez cantam e celebram a chegada do presidente, que retornou na madrugada de hoje ao país após mais de dois meses se tratando de um câncer em Cuba.

Vestidos de vermelho, com camisetas alusivas ao presidente com lemas como "eu sou Chávez" e com cartazes do governante, os seguidores cantavam: "Chávez descanse que o povo te respalda" e "pensaram que não voltaria, mas na madrugada chegou Hugo Chávez Frias".

Alguns escreveram nos carros de simpatizantes do presidente a frase "Chávez voltou".

Alguns moradores da região, seguidores do governante, também se uniram à concentração depois da confusão inicial.


Héctor Domínguez, um motorista de 47 anos que vive próximo do hospital, explicou que havia muito tumulto desde as 5h da manhã na região e que, ao perceber que o presidente tinha retornado à Venezuela, se aproximou para se juntar ao grupo.

"Se está aqui, isso significa que está melhor e está em sua pátria, em seu país, e aqui com o apoio do povo", disse Domínguez à Efe.

O vice-presidente, Nicolás Maduro, pediu aos seguidores do presidente para não alterarem a tranquilidade na área e que esperassem e se organizassem para expressar sua solidariedade e simpatia a Chávez.

"Vamos nos organizar para que as expressões de solidariedade e espiritualidade possam ser feitas com tranquilidade, sem perturbar a vida, a tranquilidade deste centro de serviços de saúde que atende centenas de venezuelanos", declarou ao canal estatal "VTV".

O presidente venezuelano - que se submeteu à quarta cirurgia em Havana em 18 meses de luta contra o câncer - chegou de surpresa, ao redor das 2h30 horário local (4h de Brasília).

Chávez, de 58 anos e no poder desde 1999, teve que superar um longo pós-operatório em que ocorreram complicações por conta de uma hemorragia e uma infecção pulmonar que causou insuficiência respiratória, fazendo com que o presidente necessitasse de uma traqueostomia. 

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