Hugo Chávez considera que preço justo do petróleo venezuelano deveria ser ao menos US$ 80 o barril, mas crise mundial abaixou a média em 2010 para US$59 (Ho/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2010 às 09h00.
Caracas - O "preço justo" do barril de petróleo "não deve baixar de 80 dólares", considerou esta segunda-feira o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que também comemorou a "recuperação" dos ganhos petroleiros por parte de seu governo.
"Um preço justo para nosso petróleo não deve baixar de 80 dólares o barril, mas há uma crise mundial que continua afetando o preço do petróleo e ainda está em 59 dólares, em média, este ano", disse Chávez durante ato oficial transmitido pela emissora estatal VTV.
"Estamos recuperando o preço do petróleo (...), mas ainda falta", continuou o presidente.
Chávez afirmou que os governos anteriores "presenteavam" o petróleo venezuelano, enquanto durante sua gestão foram "tomadas medidas" com as quais se "recuperou o ganho petroleiro", graças ao aumento do preço do barril e aos impostos aplicados às companhias internacionais que trabalham no país.
O chefe de Estado também assegurou que, através de acordos preferenciais com "países pobres" da região, como é o caso da Petrocaribe, a Venezuela "não presenteia o petróleo" a outras nações, mas "facilita" sua aquisição através de "créditos e mecanismos flexíveis".
O preço da cesta de produtos petrolíferos venezuelanos fechou na semana passada em 67,76 dólares o barril e mantém uma média de 69,75 dólares este ano.
A Venezuela produz 3,1 milhões de barris de petróleo por dia (mbd), segundo números oficiais, embora a OPEP atribua uma produção de 2,32 mbd. A exportação de petróleo representa aproximadamente 90% dos ganhos em divisas da Venezuela e seu principal destino é Estados Unidos.