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Charlotte se prepara para convenção dos democratas

A convenção, que terá início na terça-feira, tem como objetivo ''reafirmar'' a visão de país de Obama e mobilizar os eleitores indecisos


	Para a convenção, são esperadas cerca de 35 mil pessoas, sendo 15 mil jornalistas credenciados e 6 mil delegados do Partido Democrata
 (Mandel Ngan/AFP)

Para a convenção, são esperadas cerca de 35 mil pessoas, sendo 15 mil jornalistas credenciados e 6 mil delegados do Partido Democrata (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 21h05.

Charlotte (EUA) - A cidade de Charlotte se preparou nesta segunda-feira para a Convenção Democrata com um grande aparato policial e a chegada de milhares de delegados do partido, mobilizados para a reunião que nomeará o presidente Barack Obama como candidato oficial à reeleição nos Estados Unidos.

A convenção, que terá início na terça-feira, tem como objetivo ''reafirmar'' a visão de país de Obama e mobilizar os eleitores indecisos de estados como a Carolina do Norte, onde o presidente ganhou por apenas 14 mil votos nas eleições de 2008.

O prefeito de Los Angeles e presidente da convenção, Antonio Villaraigosa, além do prefeito de Charlotte, Anthony Foxx, explicaram em entrevista coletiva que ao contrário de Mitt Romney, Obama aproveitará o discurso de quinta-feira, quando deve aceitar a candidatura oficial à reeleição, para ''falar honestamente sobre como restaurar a promessa do sonho americano''.

Foxx aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância de ''mobilizar o eleitorado'' e sustentou que o partido tem que estar consciente de que ''não será fácil'' ganhar em estados como a Carolina do Norte e a Virgínia.

Uma enquete realizada pela Elon University e o jornal ''The Charlotte Observer'', que foi divulgada hoje, aponta que 47% dos eleitores da Carolina do Norte votariam em Romney, contra 43% que optariam por Obama.

Em 2008, Obama foi o primeiro democrata a conseguir uma vitória na Carolina do Norte desde 1976.

Para a convenção, são esperadas cerca de 35 mil pessoas, sendo 15 mil jornalistas credenciados e 6 mil delegados do Partido Democrata.

No segundo maior centro financeiro dos Estados Unidos, atrás apenas de Nova York, milhares de policiais reforçam a segurança por conta do grande número de visitantes.

Os seis mil delegados de todo o país debateram nesta segunda-feira os pontos da plataforma que o partido deve seguir nos próximos quatro anos, que deve ser votada e aprovada nesta convenção.


Essa plataforma, que resume a base ideológica do partido, incluirá um claro apoio à reforma migratória e ao Dream Act para legalizar a situação estudantes imigrantes ilegais, segundo antecipou Villaraigosa, e também prevê algum pronunciamento sobre o direito ao casamento homossexual.

''É a convenção mais diversa, aberta, transparente e emocionante da história'', disse Alice Germond, secretária da convenção, que destacou a presença de mulheres (50% dos delegados), hispânicos e afro-americanos.

Segundo o diretor do comitê para convenção do partido, Steve Kerrigan, esta será a convenção ''mais acessível'', já que foi criada uma ferramenta em que todos os discursos poderão ser vistos ao vivo na internet em inglês e espanhol.

Para a cidade se ambientar com a convenção, as ruas de Charlotte receberam o Carolina Fest 2012, um festival familiar e gratuito que tem a intenção de fazer com que os cidadãos desfrutem de uma ''festa política''.

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, já está em Charlotte e visitou a Time Warner Arena cumprimentando voluntários do partido.

Seu discurso está programado para a jornada inaugural de terça-feira, depois do discurso de abertura da convenção, que será realizado pelo prefeito de San Antonio (Texas), o hispânico Julián Castro.

Na quarta-feira, será a vez dos pronunciamentos do ex-presidente Bill Clinton e da candidata ao Senado por Massachusetts, Elizabeth Warren, enquanto o candidato à vice-presidência, Joe Biden, fará seus discurso na quinta-feira, um pouco antes do de Obama.

O presidente ainda está trabalhando em seu discurso, no qual dará ''respostas'' às preocupações dos americanos e falará ''não só de onde viemos, mas para onde vamos'', segundo Ben LaBolt, porta-voz da campanha democrata. 

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