Kiev - O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, pediu nesta quinta-feira a convocação urgente do Conselho de Segurança da ONU para apresentar provas de que a Rússia está tentando sabotar as eleições presidenciais da Ucrânia do próximo domingo.
"Nos dirigimos a nossos parceiros no Conselho de Segurança da ONU para que se reúnam com urgência. Apresentaremos provas de que o lado russo tenta provocar uma intensificação do conflito (...) e sabotar as eleições presidenciais", disse Yatseniuk aos jornalistas.
O chefe do governo classificou de "faróis" o anúncio da Rússia sobre a retirada de suas tropas da fronteira com a Ucrânia, enquanto o chefe do Conselho de Segurança ucraniano, Andrei Parubi, acusou Moscou de estar por trás da onda de ataques que as forças de Kiev sofreram nesta madrugada no sudeste rebelde do país.
Nove soldados ucranianos morreram e pelo menos outros 20 ficaram feridos hoje em combates com os insurgentes pró-Rússia perto das cidades de Volnovaja e Rubézhnoe, nas regiões de Donetsk e Lugansk, informou o Ministério da Defesa ucraniano.
Parubi acusou os paramilitares de ter lançado nesta madrugada "quatro ataques simultâneos" contra militares e guardas da fronteira nas duas regiões rebeldes, proclamadas independentes da Ucrânia por seus líderes pró-Rússia.
"Os guerrilheiros foram rechaçados em todos os casos e sofreram várias baixas", afirmou o secretário-geral do Conselho de Segurança ucraniano, que responsabilizou a Rússia de "treinar os terroristas" que atuam na Ucrânia em uma base militar de Rostov del Don, região russa de limite com o sudeste da Ucrânia.
"Nessa base os terroristas são treinados para ser introduzidos em território da Ucrânia. Até mil pessoas são instruídas por oficiais russos", denunciou.
Oito soldados das forças ucranianas morreram hoje perto de Volnovaja, na região de Donetsk, em um combate definido por Parubi como uma tentativa de tomar a cidade por parte dos insurgentes.
O Ministério da Defesa explicou que os soldados morreram na explosão do blindado onde estavam quando foi atacado pelos milicianos com morteiros e lança-granadas.
Outro soldado morreu em confrontos armados que continuam entre as forças ucranianas e os rebeldes nos acessos à cidade de Lisichansk, na vizinha Lugansk, cujos líderes pró-Rússia declararam a lei marcial e anunciaram a mobilização total dos homens com idades entre 18 e 45 anos que vivem na região.
O governador da autoproclamada república popular de Lugansk, Valeri Bolotov, também pediu "a intervenção de tropas pacificadoras", presumivelmente russas, "antes que aconteça uma catástrofe humanitária".
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1. Tensão
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1/18 (Twitter/Christopher Miller)
São Paulo - Cerca 300 homens e 20 blindados partiram
hoje em direção ao leste da
Ucrânia. O objetivo da operação é combater milícias pró-russas, que atuam na região. A ação militar é mais um movimento delicado em meio à
crise política por que passa o país. Em pronunciamento, o primeiro-ministro da
Rússia Dmitri Medvedev pediu apoio à
comunidade internacional e afirmou que a Ucrânia está "à beira da
guerra civil".
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2. Pronto para o pior
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2/18 (Greg White/Twitter)
Soldado protege trincheira no leste da Ucrânia. Em meio à crise poítica, país pode estar à beira de uma guerra civil.
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3. Tropas ao leste
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3/18 (@A3AP/Twitter)
Comboios ucranianos vão em direção ao leste do país. Ao todo, 300 homens e 20 blindados foram deslocados para a região.
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4. Tanques em Izium
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4/18 (Ucranian Updates/Twitter)
Tanques e tropas ucranianas em Izium, no leste do país. Localizada na provícina de Kharkiv Oblast, cidade fica a 40 quilômetros de Slaviansk, reduto das milícias pró-russas
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5. Vigilância
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5/18 (@A3AP/Twitter)
Soldados ucranianos vigiam estrada ao lado de tanque. Operação no leste do país foi iniciada hoje.
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6. Embarque de suprimentos
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6/18 (Chris Dzieciolowski/Twitter)
Soldado ucraniano organiza embarque de suprimentos em helicóptero em Izium. Cidade fica no leste da Ucrânia, região do país com milícias a favor da união com a Rússia.
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7. Kramatorsk
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7/18 (Olaf Koens/Twitter)
Kramatorsk é uma cidade do leste da Ucrânia. Por lá, os tanques também já chegaram para tentar conter às milícias pró-russas.
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8. A 50 km de Slaviansk
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8/18 (Simon Ostrovsk/Twitter)
Tropas ucranianas abastecem helicópteros a 50 km de Slaviansk. Cidade do leste do país é reduto das milícias pró-russas.
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9. Mais tanques
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9/18 (Olaf Koens/Twitter)
Tanques ucranianos em Kramatorsk. No leste do país, cidade é uma das bases de apoio do exército local na operação de hoje.
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10. Perto do rio Donetsk
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10/18 (cstreib/Twitter)
Coluna de tanques circula nas proximidades do rio Donetsk. Região fica no leste da Ucrânia, para onde foram enviados hoje 300 soldados.
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11. A 40 km de Slaviansk
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11/18 (Greg White/Twitter)
Helicópetros e tanques a 40 km de Slaviansk. Situada no leste da Ucrânia, cidade é reduto das milícias pró-russas.
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12. Tropas rebeldes
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12/18 (cstreib/Twitter)
Tropas rebeldes ao norte de Donetsk. Cidade industrial fica no leste da Ucrânia.
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13. Preparado para a guerra
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13/18 (Monika Kalinowska/Twitter)
Rebelde armado em Slaviansk. Reduto das milícias pró-russas, cidade fica no leste da Ucrânia.Rebelde armado em Slaviansk. Reduto das milícias pró-russas, cidade fica no leste da Ucrânia.
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14. Helicópteros sobre Slaviansk
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14/18 (Aureliano Buendia/Twitter)
Slaviansk é sobrevoada por helicóptero no leste da Ucrânia. Na imagem, é possível ver também um tanque.
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15. Kiev x Moscou
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15/18 (Lindsey Hilsum/Twitter)
Na fronteira com a Rússia, ucranianos do leste se negam a se submeter a regras enviadas por Kiev. Região é foco de milícias pró-russas.
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16. Russos em ação?
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16/18 (Anis/Twitter)
Soldados atuam em Slaviansk, foco das milícias rebeldes na Ucrânia. No
Twitter, eles são identificados como membros da Força Especial Russa - mas não há como confirmar esta informação.
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17. Rebeldes
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17/18 (cstreib/Twitter)
Em caminhão, rebeldes ucranianos partem armados rumo à batalha. Na opinião de muitos, país está à beira de uma guerra civil.
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18. Agora, veja como as regras da Rússia vão afetar quem vive na Crimeia
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18/18 (REUTERS/Thomas Peter)