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Cerca de 1,8 milhão vão às urnas hoje no Peru para escolher presidente

Apontado como favorito pelas pesquisas de opinião, o militar da reserva Ollanta Humala, de 47 anos, lidera as últimas projeções de voto

Durante as votações de hoje os peruanos também vão escolher os ocupantes das 130 cadeiras do Congresso Nacional (Christian911/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2011 às 11h21.

Brasília – Em meio às queixas de desemprego, pobreza no campo e pressão dos povos indígenas para a concessão de benefícios, aproximadamente 1,8 milhão de peruanos escolhem hoje (10) o futuro presidente do país. Apontado como favorito pelas pesquisas de opinião, o militar da reserva Ollanta Humala, de 47 anos, lidera as últimas projeções de voto. Porém, especialistas afirmam que as eleições deverão ser definidas apenas no segundo turno em 5 de junho.

Analistas políticos também afirmam que é difícil saber quem será o adversário de Humala em um eventual segundo turno. Concorrem às eleições o ex-presidente Alejandro Toledo, de 65 anos, o ex-ministro da Economia Pedro Paulo Kuczysnski, de 72, e Keiko Fujimori, de 35, filha do ex-presidente Alberto Fujimori.

No poder há cinco anos, o atual presidente do Peru, Alan García, não pôde concorrer à reeleição porque a Constituição peruana veta esta possibilidade. O sucessor dele exercerá o mandato no período de 2011 a 2016, com a posse marcada para o dia 26 de julho deste ano. As votações no país ainda são manuais. Portanto, a previsão é que os resultados sejam divulgados apenas no começo desta semana.

Depois de perder as eleições em 2006 para García, Humala passou a buscar o diálogo e a aproximação com todos os setores da sociedade civil do Peru. Na campanha, ele demonstrou ter trânsito com os segmentos do campo e também com os urbanos. O destaque durante sua campanha foi a defesa veemente da soberania nacional e a condenação por ingerências estrangeiras no país.

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Nas eleições anteriores, Humala recebeu apoio dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales. Porém, desta vez, ele evitou associar-se aos dois líderes políticos e manteve-se mais distante das questões de política externa e mais próximo dos temas internos.

Durante as votações de hoje os peruanos também vão escolher os ocupantes das 130 cadeiras do Congresso Nacional do país e 15 políticos para o Parlamento Andino – dos quais cinco serão titulares e 10 suplentes.

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