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Carvalho acredita no fracasso de protestos contra Copa

Segundo Carvalho, "é preciso dizer ao mundo que o Brasil é um país essencialmente democrático"


	Gilberto Carvalho: "Nós faremos da Copa uma grande festa popular. Tomaremos iniciativas para que, de fato, haja formas de participação popular na Copa"
 (Agência Brasil)

Gilberto Carvalho: "Nós faremos da Copa uma grande festa popular. Tomaremos iniciativas para que, de fato, haja formas de participação popular na Copa" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 15h40.

Brasília - O ministro da Secretaria da Presidência, Gilberto Carvalho, declarou nesta quarta-feira que prevê um rotundo fracasso dos protestos contra e durante a Copa do Mundo, já que, segundo ele, "o povo sabe diferenciar as coisas".

Carvalho declarou aos jornalistas que "o povo brasileiro adora futebol e espera a Copa", que será disputada a partir do próximo dia 12 de junho e que, aparentemente, é rejeitada por diversos movimentos sociais devido ao elevado gasto público de sua organização.

"Nós faremos da Copa uma grande festa popular. Tomaremos iniciativas para que, de fato, haja formas de participação popular na Copa. Então, acho que quem tentar politizar não vai se dar bem. Futebol é uma coisa, e política é outra", disse o ministro.

O ministro, no entanto, reconheceu que os protestos convocados por aqueles se opõem à realização da Copa "preocupam" o governo, principalmente pela violência registrada nas manifestações já realizadas.

Em uma delas, realizada no último dia 6 de fevereiro, no centro do Rio de Janeiro, o cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Andrade foi ferido na cabeça por um rojão disparado por dois manifestantes e morreu após quatro dias em coma.

O ministro também ressaltou que não existe uma tradição de violência nas manifestações no país e declarou estar preocupado com o que considerou como a "importação de um modelo" de protesto.

Segundo Carvalho, "é preciso dizer ao mundo que o Brasil é um país essencialmente democrático", no qual as manifestações "são bem-vindas, naturais e uma mostra da maturidade da consciência social e cidadã do povo".

No entanto, o ministro fez questão de ressaltar que essa democracia também não tolera a violência nos protestos.

"O único problema que temos e sobre o qual dialogaremos com a sociedade é essa aparição da violência nas manifestações, que entendemos como a importação de um modelo", assinalou Carvalho.

Além de propor um diálogo com quem protesta contra a realização da Copa, o governo anunciou que nos próximos dias enviará ao Congresso um projeto de lei, em caráter de urgência, que prevê endurecer as penas aplicadas contra aqueles que se manifestam de forma violenta.

As manifestações contra a Copa começaram em junho do ano passado, no meio da Copa das Confederações, e se fundiram então com grandes protestos que foram iniciados contra um aumento da tarifa dos transportes públicos. 

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