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Carro-bomba mata 20 em reduto do Hezbollah em Beirute

Ataque ocorre em um momento de aguda tensão sectária por causa da intervenção do Hezbollah contra rebeldes sunitas na guerra civil da Síria

Apoiadores do Hezbollah tentando apagar fogo de carros no sul do Beirute, Líbano (Hasan Shaaban/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h16.

Beirute - Um carro-bomba explodiu nesta quinta-feira em um bairro da zona sul de Beirute dominado pelo grupo xiita Hezbollah, deixando 20 mortos, 120 feridos e muitas pessoas presas em escombros de prédios danificados, segundo testemunhas e equipes de emergência.

A explosão, um mês depois de outro carro-bomba ferir mais de 50 pessoas no mesmo bairro da capital libanesa, ocorreu em um momento de aguda tensão sectária no Líbano por causa da intervenção do Hezbollah contra rebeldes sunitas na guerra civil da vizinha Síria.

Um grupo sunita chamado Brigadas de Aisha assumiu a autoria do atentado e prometeu realizar mais ações contra o Hezbollah. Não foi possível verificar de imediato a autoria da declaração, feita por um vídeo divulgado na internet.

"Não sei o que aconteceu. É como se tivéssemos sido atingidos por um terremoto", disse à Reuters um rapaz no local, com a barriga sangrando.

O ministro da Saúde, Ali Hassan Khalil, disse que hospitais da cidade toda receberam um total de 16 corpos e 226 feridos.

No local do atentado, que ficou em chamas por uma hora depois da explosão, era possível ver os restos retorcidos de um veículo. Muitos carros pegaram fogo, e eram visíveis os restos carbonizados de motoristas e passageiros no seu interior. Vários prédios tiveram suas fachadas danificadas, e a TV Al Mayadeen disse que algumas pessoas estavam presas em escombros dentro de apartamentos.

A explosão aconteceu perto do complexo Sayyed al Shuhadaa ("mártires"), onde o líder do Hezbollah, xeique Hassan Nasrallah, costuma discursar a seus seguidores.

Moradores da zona sul de Beirute dizem que o Hezbollah, grupo que atua como milícia e como partido, e que tem apoio dos governos do Irã e da Síria, reforçou a segurança na área depois dos alertas sobre possíveis retaliações de rebeldes sírios por causa do apoio do grupo xiita ao governo de Bashar al-Assad.

"Esta é a segunda vez que decidimos a hora e local da batalha ... e vocês verão mais, se Deus quiser", disseram as Brigadas de Aisha em nota, descrevendo o Hezbollah e Nasrallah como agentes iranianos.

"Enviamos uma mensagem aos nossos irmãos no Líbano, pedimos a vocês que fiquem longe de todas as colônias iranianas no Líbano ... porque o sangue de vocês é precioso para nós", disse no vídeo um porta-voz mascarado, ladeado por dois homens armados com rifles.

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A explosão, um mês depois de outro carro-bomba ferir mais de 50 pessoas no mesmo bairro da capital libanesa, ocorreu em um momento de aguda tensão sectária no Líbano por causa da intervenção do Hezbollah contra rebeldes sunitas na guerra civil da vizinha Síria.

Um grupo sunita chamado Brigadas de Aisha assumiu a autoria do atentado e prometeu realizar mais ações contra o Hezbollah. Não foi possível verificar de imediato a autoria da declaração, feita por um vídeo divulgado na internet.

"Não sei o que aconteceu. É como se tivéssemos sido atingidos por um terremoto", disse à Reuters um rapaz no local, com a barriga sangrando.

O ministro da Saúde, Ali Hassan Khalil, disse que hospitais da cidade toda receberam um total de 16 corpos e 226 feridos.

No local do atentado, que ficou em chamas por uma hora depois da explosão, era possível ver os restos retorcidos de um veículo. Muitos carros pegaram fogo, e eram visíveis os restos carbonizados de motoristas e passageiros no seu interior. Vários prédios tiveram suas fachadas danificadas, e a TV Al Mayadeen disse que algumas pessoas estavam presas em escombros dentro de apartamentos.

A explosão aconteceu perto do complexo Sayyed al Shuhadaa ("mártires"), onde o líder do Hezbollah, xeique Hassan Nasrallah, costuma discursar a seus seguidores.

Moradores da zona sul de Beirute dizem que o Hezbollah, grupo que atua como milícia e como partido, e que tem apoio dos governos do Irã e da Síria, reforçou a segurança na área depois dos alertas sobre possíveis retaliações de rebeldes sírios por causa do apoio do grupo xiita ao governo de Bashar al-Assad.

"Esta é a segunda vez que decidimos a hora e local da batalha ... e vocês verão mais, se Deus quiser", disseram as Brigadas de Aisha em nota, descrevendo o Hezbollah e Nasrallah como agentes iranianos.

"Enviamos uma mensagem aos nossos irmãos no Líbano, pedimos a vocês que fiquem longe de todas as colônias iranianas no Líbano ... porque o sangue de vocês é precioso para nós", disse no vídeo um porta-voz mascarado, ladeado por dois homens armados com rifles.

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