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Candidatos à presidência de Mianmar têm revisão parlamentar

Este é o último passo antes da votação desta terça-feira, 14, no Legislativo.


	Htin Kyaw: o candidato tem a presidência quase assegurada.
 (Soe Zeya Tun / Reuters)

Htin Kyaw: o candidato tem a presidência quase assegurada. (Soe Zeya Tun / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 06h59.

Bangcoc - Os três candidatos apresentados pelo parlamento e pelas forças armadas para ser o próximo presidente de Mianmar (antiga Birmânia) superaram nesta segunda-feira o escrutínio parlamentar, o último passo antes da votação de amanhã no Legislativo.

"Os três indicados passaram pelo processo, o que significa que Htin Kyaw tem a presidência quase assegurada", informou a agência de notícias "Mianmar Now".

Htin Kyaw, de 69 anos de idade, é o candidato apresentado pela Liga Nacional pela Democracia (NLD, na sigla em inglês) através da câmara baixa, onde tem maioria absoluta.

Os outros dois candidatos são Henry van Thio, também da NLD e proposto pela câmara alta, e o tenente-general Mying Swe, apoiado pelas forças armadas.

A superioridade numérica da NLD, o partido da vencedora do Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, em ambas câmaras parlamentares garante a vitória de Htin Kyaw na votação de amanhã em uma sessão plenária, apesar de os militares terem reservadas 25% das cadeiras no Legislativo.

A vencedora do Nobel da Paz em 1991 explicou na semana passada que o partido escolheu Htin Kyaw por sua lealdade e porque tinha a formação e experiência necessárias para desempenhar o cargo, e acrescentou que a designação de Van Thio, da minoria étnica chin, foi em prol da reconciliação nacional.

Suu Kyi não pode se candidatar ao cargo por ter sido casada com o britânico Michael Aris, falecido em 1999, e ter dois filhos, Alexander e Kim, que possuem passaporte do Reino Unido.

A Constituição de 2008 veta a chefia do Estado a qualquer birmanês casado com um estrangeiro ou com filhos com passaporte de outra nacionalidade.

A Carta Magna, da época das juntas militares, também concede aos uniformizados privilégios como a citada cota de 25% dos deputados e a prioridade na seleção do chefe das forças armadas e dos ministros da Defesa e Interior.

A última junta militar birmanesa cedeu em 2011 o poder a um governo aliado liderado por Thein Sein, um ex-general do antigo regime que iniciou uma série de reformas políticas e econômicas, premiadas com a suspensão de sanções por parte da União Europeia e Estados Unidos.

As eleições de novembro do ano passado foram as primeiras realizadas sob uma democracia após décadas de ditadura militar (1962-2011). EFE

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