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Campo de esterilização tinha instrumentos enferrujados

13 mulheres morreram depois de operações realizadas por um médico acusado de usar instrumentos enferrujados em um “campo” de esterilização

Material de cirurgia: autoridades disseram que as vítimas mostraram sinais de choque tóxico (Getty Images/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 11h09.

Bhubaneswar - O número de mulheres que morreram depois de operações realizadas por um médico acusado de usar instrumentos enferrujados em um “campo” de esterilização em massa na Índia chegou a 13 nesta quarta-feira, enfatizando os perigos do maior programa de cirurgia contraceptiva do mundo.

As mulheres, entre as mais de 80 que foram operadas, adoeceram em um chamado campo de planejamento familiar em um vilarejo no Estado de Chhattisgarh, no centro da Índia , no sábado. Tais campos são montados regularmente na Índia como parte de um esforço de longa data para controlar a população do país, que cresce em ritmo acelerado.

A causa das mortes não ficou clara de imediato, mas as autoridades disseram que as vítimas mostraram sinais de choque tóxico, possivelmente por causa de instrumentos cirúrgicos sujos ou remédios contaminados.

“Relatórios preliminares revelam que os medicamentos administrados eram falsos, e o equipamento usado estava enferrujado”, afirmou o principal funcionário do governo local, Siddharth Komal Singh Pardeshi, à Reuters.

O incidente é um constrangimento para o primeiro-ministro, Narendra Modi, cujo partido, Bharatiya Janata, governa o Estado de Chhattisgarh. Na terça-feira, Modi, que prometeu reformar o sistema de saúde indiano, expressou preocupação com a tragédia. O médico envolvido no caso, R.K Gupta, foi acusado de operar mais de 80 mulheres em poucas horas com a ajuda de dois assistentes em um hospital particular abandonado, relataram as autoridades, violando diretrizes governamentais que limitam tais operações a 30 por dia.

Nesta quarta-feira, o governo local procurou a polícia para denunciar Gupta por morte por negligência. A mídia local afirmou que o médico culpou os remédios que as pacientes receberam posteriormente e negou ter cometido qualquer erro. Ele não foi encontrado de imediato pela Reuters para comentar.

A laqueadura é considerada uma operação delicada, mas os médicos indianos muitas vezes ultrapassam os limites diários. Antes de as diretrizes serem estabelecidas, havia relatos de que os médicos realizavam até 200 cirurgias por dia, disse Suneeta Mittal, chefe de ginecologia do Instituto de Pesquisa Fortis Memorial, perto de Nova Déli.

Todas as mulheres operadas no local foram hospitalizadas para ficarem em observação, 20 estão em estado crítico e muitas não estão reagindo ao tratamento, informaram médicos.

A Índia realiza mais cirurgias de esterilização feminina que qualquer outro país, e foi a primeira nação do mundo a adotar uma política para reduzir deliberadamente o tamanho de sua população.

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Bhubaneswar - O número de mulheres que morreram depois de operações realizadas por um médico acusado de usar instrumentos enferrujados em um “campo” de esterilização em massa na Índia chegou a 13 nesta quarta-feira, enfatizando os perigos do maior programa de cirurgia contraceptiva do mundo.

As mulheres, entre as mais de 80 que foram operadas, adoeceram em um chamado campo de planejamento familiar em um vilarejo no Estado de Chhattisgarh, no centro da Índia , no sábado. Tais campos são montados regularmente na Índia como parte de um esforço de longa data para controlar a população do país, que cresce em ritmo acelerado.

A causa das mortes não ficou clara de imediato, mas as autoridades disseram que as vítimas mostraram sinais de choque tóxico, possivelmente por causa de instrumentos cirúrgicos sujos ou remédios contaminados.

“Relatórios preliminares revelam que os medicamentos administrados eram falsos, e o equipamento usado estava enferrujado”, afirmou o principal funcionário do governo local, Siddharth Komal Singh Pardeshi, à Reuters.

O incidente é um constrangimento para o primeiro-ministro, Narendra Modi, cujo partido, Bharatiya Janata, governa o Estado de Chhattisgarh. Na terça-feira, Modi, que prometeu reformar o sistema de saúde indiano, expressou preocupação com a tragédia. O médico envolvido no caso, R.K Gupta, foi acusado de operar mais de 80 mulheres em poucas horas com a ajuda de dois assistentes em um hospital particular abandonado, relataram as autoridades, violando diretrizes governamentais que limitam tais operações a 30 por dia.

Nesta quarta-feira, o governo local procurou a polícia para denunciar Gupta por morte por negligência. A mídia local afirmou que o médico culpou os remédios que as pacientes receberam posteriormente e negou ter cometido qualquer erro. Ele não foi encontrado de imediato pela Reuters para comentar.

A laqueadura é considerada uma operação delicada, mas os médicos indianos muitas vezes ultrapassam os limites diários. Antes de as diretrizes serem estabelecidas, havia relatos de que os médicos realizavam até 200 cirurgias por dia, disse Suneeta Mittal, chefe de ginecologia do Instituto de Pesquisa Fortis Memorial, perto de Nova Déli.

Todas as mulheres operadas no local foram hospitalizadas para ficarem em observação, 20 estão em estado crítico e muitas não estão reagindo ao tratamento, informaram médicos.

A Índia realiza mais cirurgias de esterilização feminina que qualquer outro país, e foi a primeira nação do mundo a adotar uma política para reduzir deliberadamente o tamanho de sua população.

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