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Campanha dos pré-candidatos republicanos segue ao sul dos EUA

Próximas eleições primárias acontecerão nos estados do Alabama e Mississipi

Pré-candidato republicano Newt Gingrich pode ser favorecido nas eleições primárias no sul (John W. Adkisson/Getty Images/AFP)

Pré-candidato republicano Newt Gingrich pode ser favorecido nas eleições primárias no sul (John W. Adkisson/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2012 às 15h46.

Washington - A campanha pela candidatura presidencial do Partido Republicano nos Estados Unidos se desloca ao sul na próxima semana, com eleições primárias nos estados do Alabama e Mississipi que podem favorecer os rumos do pré-candidato Newt Gingrich, atualmente em terceiro lugar na disputa.

Depois de três meses do início das prévias, permanecem as incertezas sobre quem será o candidato oficial do Partido Republicano que desafiará o presidente Barack Obama nas eleições de novembro, mesmo já transcorrida a chamada Super Terça - que promove primárias e caucus (assembleias populares) em dez estados.

O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, que segundo os cálculos já possui o apoio de 455 dos 2.286 delegados para a Convenção Nacional da legenda, segue à frente do quarteto de concorrentes, mas ainda não convenceu os setores mais conservadores do eleitorado republicano.

Neste sábado, Romney somou vitórias nos territórios de Guam, Ilhas Virgens e Ilhas Marianas do Norte e no estado de Wyoming.

Em declaração escrita, Romney, que decidiu tirar folga neste fim de semana, agradeceu aos eleitores republicanos nesses territórios. 'Fizeram ouvir sua voz e disseram que querem conseguir mudanças em suas ilhas fazendo mudanças em Washington'.

O ex-senador da Pensilvânia Rick Santorum saiu fortalecido no sábado por sua vitória no Kansas e, com aproximadamente 215 delegados a seu favor, segue confiante às primárias da próxima terça-feira, que serão realizadas no Alabama (50 delegados) e Mississipi (40 delegados).


No mesmo dia, haverá primárias no Havaí, onde estão em jogo 20 delegados, e na Samoa americana, com 9 delegados.

Em declarações nesta manhã ao programa 'Meet the Press' da rede 'NBC' de televisão, Santorum admitiu que as coisas seriam mais fáceis para ele se Gingrich abandonasse a corrida. Um comitê de ação política que apoia o ex-senador divulgou recomendações a Gingrich para se retirar da disputa.

'Romney gastou em sua campanha US$ 10 para cada US$ 1 gasto pela minha campanha e só conseguiu ganhar pela margem mínima em Michigan e Ohio', indica Santorum, na tentativa de ilustrar seu atrativo entre os eleitores.

Mas Gingrich, que até agora obteve pouco mais de 105 delegados, aposta em sua proximidade ao eleitorado sulista - foi representante pela Geórgia no Congresso dos EUA - para continuar na corrida e para brigar com Santorum pelo estandarte de republicano mais conservador.

'Já sobrevivemos à inundação de propaganda negativa de Romney na Flórida, financiada por Wall Street', declarou Gingrich, que neste sábado participou de cinco atos públicos no Alabama. 'Estamos nesta campanha para ficar e seguiremos até o fim'.

Sabendo quem é o verdadeiro rival para a permanência de Gingrich, sua campanha divulgou um memorando no qual afirma que Santorum, quando era membro do Congresso, contribuiu à despesa excessiva do governo federal que levou os republicanos a perderem a maioria legislativa em 2006.


Em um país onde um século e meio depois da Guerra Civil persistem as diferenças políticas e culturais entre o Sul e o Norte, seria uma ironia que um católico 'ianque' (do Norte) como Santorum derrotar Gingrich no Sul batista e evangélico.

Várias personalidades conservadoras sugeriram nos últimos dias que Gingrich abandonasse a disputa para que, somados seus delegados e seus eleitores à campanha de Santorum, se impedisse Romney de garantir a candidatura presidencial antes da convenção republicana que será realizada no dia 27 de agosto em Tampa (Flórida).

O quarto concorrente, o representante do Texas Ron Paul, só obteve até agora 47 delegados, mas persiste na campanha com a aposta de que nenhum dos pré-candidatos obterá os 1.144 delegados necessários para garantir a candidatura antes da convenção - a temporada de primárias e caucus termina em junho em Utah.

Os dirigentes do Partido Republicano acreditam que Romney seja o candidato mais apto para enfrentar o democrata Obama e o que apresenta um programa de governo mais aceitável para os eleitores independentes, que nos EUA representam uma maioria crescente.

Mas na disputa pelos votos dos republicanos mais militantes, Santorum vem ganhando terreno com seu enfoque em 'assuntos sociais': oposição ao aborto, aos anticoncepcionais e aos casamentos de pessoas do mesmo sexo.

Enquanto as pesquisas de opinião mostram que, para a maioria dos americanos, as preocupações principais são a situação econômica e o desemprego, os debates sobre a sexualidade e a religião afugentaram muitos eleitores independentes da alternativa republicana, especialmente mulheres.

De acordo com o site RealClearPolitics, que elabora uma média das maiores pesquisas, se as eleições fosse hoje, o presidente Obama ganharia as eleições de novembro com 48,5% dos votos e Romney receberia 45%. 

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