Câmara votará salário mínimo este mês, diz Vaccarezza
O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza já se reuniu com o presidente da Casa, Marco Maia, para discutir o "modus operandi" da votação do novo mínimo
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 08h34.
Brasília - O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que pretende votar o projeto de lei do salário mínimo ainda neste mês. Ele se reuniu ontem, no final da tarde, com o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), para discutir o "modus operandi" da votação do novo mínimo. "O governo quer votar este projeto o mais rápido possível", enfatizou. Vaccarezza se encontra hoje com líderes da base aliada e da oposição a fim de discutir o tema.
O petista adiantou que o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), o autorizou a dizer que o partido "fecha questão" com o governo na votação do mínimo. A se confirmar o apoio maciço das bancadas do PT e do PMDB, que somam mais de 160 deputados, cresceriam as chances de vitória do governo no plenário.
O projeto de lei com regime de urgência que estabelecerá o novo mínimo chegará ao Congresso até a próxima semana, segundo Vaccarezza, e poderá ser votado em 15 dias. A proposta passará na frente das dez Medidas Provisórias que trancam a pauta, podendo ser analisada em sessão extraordinária. Com isso, a Medida Provisória 516/10, que define o novo mínimo, será arquivada. Ela não seria apreciada antes de abril, porque aparece no fim da fila das MPs.
Segundo o petista, o Executivo ainda não definiu se a proposta estabelecerá apenas a fórmula de reajuste do mínimo, que prevalecerá nos quatro anos do governo Dilma Rousseff (PT), ou se também fixará o novo valor. O Planalto quer fixar o montante em R$ 545, mas as centrais sindicais reivindicam R$ 580. Nos bastidores, interlocutores do governo ampliam a margem de negociação para R$ 550.
Vaccarezza criticou o acirramento do debate por parte dos representantes das centrais sindicais. Segundo ele, quem refletir sobre os resultados da atual política de reajuste do salário, que vigorou nos últimos oito anos, verá que ela foi bem sucedida. "Se mudar, quem vai perder são os trabalhadores. Nesse particular, as centrais entraram na contramão", afirmou.