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Câmara dos Deputados italiana aprova plano de austeridade

O plano de 54,2 bilhões de euros pretende dar equilíbrio fiscal ao país em 2013 e aliviar a pressão dos mercados

Sindicatos italianos protestaram durante a votação do pacote: o pacote de ajuste, rejeitado por boa parte da população, afeta sobretudo a classe média
 (Filippo Monteforte/AFP)

Sindicatos italianos protestaram durante a votação do pacote: o pacote de ajuste, rejeitado por boa parte da população, afeta sobretudo a classe média (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 11h02.

Roma - A Câmara dos Deputados da Itália aprovou nesta quarta-feira, com um voto de confiança, o plano de austeridade de 54,2 bilhões de euros que pretende dar equilíbrio fiscal ao país em 2013 e aliviar a pressão dos mercados sobre Roma.

O plano foi aprovado pelos deputados com 316 votos favoráveis e 302 contrários. Já havia sido adotado na quarta-feira passada pelo Senado.

O pacote de ajuste, rejeitado por boa parte da população, afeta sobretudo a classe média.

As medidas foram anunciadas no início de agosto pelo governo de Silvio Berlusconi, depois que o primeiro plano adotado em julho foi considerado insuficiente pelos mercados.

As várias alterações sofridas durante os debates no Parlamento, com o objetivo de tranquilizar algumas alas da maioria governista, aumentam as preocupações dos investidores sobre a aplicação do pacote.

Entre as medidas adotadas estão um aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) e uma taxação dos grandes patrimônios, menor do que a incluída na proposta inicial. Além disso, as mulheres só poderão se aposentar aos 65 anos no setor privado, mas a medida será aplicada a partir de 2014 ao invés de 2016.

O plano foi reforçado e passou de 45,6 bilhões de euros a € 54,2 bilhões. Entre os cortes votados figura a redução dos gastos ministeriais e dos municípios, assim como o aumento da luta contra a fraude fiscal, um dos grandes males da Itália.

Com as medidas de austeridade, a Itália, terceira maior economia da Eurozona, tenta acalmar o ataque dos mercados, nervosos com a gigantesca dívida pública de 1,9 trilhão euros (2,7 trilhões de dólares) - quase 120% do PIB - e um crescimento econômico quase nulo.

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