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Câmara dos Comuns aprova referendo de independência escocesa

A ordem legislativa, debatida e aprovada hoje sem oposição nos Comuns, deverá ser aceita amanhã na Câmara dos Lordes


	Edimburgo, Escócia: nenhum deputado se opôs hoje à aprovação do mandato legislativo após uma longa sessão
 (Divulgação)

Edimburgo, Escócia: nenhum deputado se opôs hoje à aprovação do mandato legislativo após uma longa sessão (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 17h34.

Londres - A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou nesta terça-feira um mandato legislativo para que Londres possa ceder ao Parlamento de Edimburgo o poder para realizar em 2014 o referendo sobre a independência da Escócia.

A ordem legislativa, debatida e aprovada hoje sem oposição nos Comuns, deverá ser aceita amanhã na Câmara dos Lordes.

Em virtude da Lei da Escócia de 1999, pela qual se concedeu à Escócia sua autonomia, é competência de Londres qualquer decisão de natureza constitucional.

Nenhum deputado se opôs hoje à aprovação do mandato legislativo após uma longa sessão na qual o ministro britânico para a Escócia, Michael Moore, disse que outorgar ao Parlamento de Edimburgo o poder para realizar a consulta popular marcará o começo de um "grande debate" sobre a Escócia.

A ordem legislativa abrirá o caminho para que o Parlamento escocês organize o referendo prometido no Acordo de Edimburgo que assinaram o primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron e o ministro principal da Escócia, Alex Salmond.

"Decidir o futuro da Escócia dentro do Reino Unido será a decisão mais importante que os escoceses teremos que tomar em nossa vida", afirmou Moore.

Cameron e Salmond definiram em outubro do ano passado a realização da consulta para o outono de 2014.

David Cameron era partidário de convocá-la para este ano a fim de acabar com a incerteza sobre este assunto, no entanto, o nacionalista Alex Salmond pressionou a favor de 2014 para reunir mais apoios a sua campanha independentista.

Salmond prometeu a seus eleitores este plebiscito por considerar que a Escócia, com seus grandes recursos energéticos, se beneficiará de sua independência.

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