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Câmara aprova às pressas salário de R$ 24 mil a Kassab

O salário do prefeito vai passar de R$ 20 mil para R$ 24 mil e outros 27 secretários terão aumento em seus ganhos

O primeiro aval para o reajuste para Kassab foi dado em uma Comissão de Constituição e Justiça esvaziada (Prefeitura de SP/Divulgação)

O primeiro aval para o reajuste para Kassab foi dado em uma Comissão de Constituição e Justiça esvaziada (Prefeitura de SP/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2011 às 09h49.

São Paulo - Em menos de 2 horas, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário, em primeira votação, o projeto que eleva o salário do prefeito Gilberto Kassab (sem partido) e de seus 27 secretários. O salário de Kassab vai passar de R$ 20 mil para R$ 24 mil. O dos secretários terá reajuste de 250%, de R$ 5.504,35 para R$ 19.294,10. O impacto estimado nas contas públicas é de R$ 4,8 milhões.

No plenário, foram 37 votos a favor e 12 contra - da bancada do PT e do vereador Cláudio Fonseca (PPS). Os vereadores devem aprovar o aumento ainda hoje em votação definitiva.

O texto havia sido apresentado pela Mesa Diretora do Legislativo na semana passada e a promessa do presidente José Police Neto (sem partido) era de que as discussões sobre o tema ocorreriam durante o segundo semestre. O primeiro aval para o reajuste foi dado em uma CCJ esvaziada, por volta das 21h40. Foram cinco votos a favor e quatro abstenções. Na sequência, o projeto foi incluído na última sessão extraordinária do dia, no item 109.

Em manobra com apoio da Mesa Diretora, o líder de governo conseguiu inverter a pauta para votar a proposta, às 23h27. "É uma vergonha aprovar um reajuste desses na calada da noite", criticou José Américo (PT).

Toda a mobilização ocorreu após o presidente da Câmara e o líder de governo, Roberto Trípoli (PV), voltarem de uma audiência às pressas com Kassab na sede da Prefeitura. A estratégia do governo se deu pelo receio de que o Ministério Público Estadual (MPE) consiga barrar o reajuste na Justiça, o que já ocorreu com os vereadores no início do ano. Com o projeto aprovado e sancionado, ficará mais difícil uma contestação jurídica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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