Mundo

Cabello diz que Maduro rejeitou convite para posse de Bolsonaro

Autoridade venezuelana diz que Nicolás Maduro foi convidado e disse "eu não vou" antes mesmo de o Itamaraty retirar o convite

Nicolás Maduro: presidente venezuelano reitera oposição à Bolsonaro (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: presidente venezuelano reitera oposição à Bolsonaro (Marco Bello/Reuters)

E

EFE

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 06h37.

Caracas - O chefe da Assembleia Constituinte da Venezuela (ANC), Diosdado Cabello, afirmou na quarta-feira ter sido o presidente venezuelano Nicolás Maduro quem rejeitou o convite feito pelo Brasil para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro.

"Eles convidaram Nicolás (Maduro) e (ele) lhes disse 'eu não vou'. Essa é a verdade. Que talvez foi um erro deles? Talvez foi um erro deles, mas Nicolás respondeu como um filho de (Hugo) Chávez responderia", disse Cabello, durante a transmissão de seu programa de TV semanal.

"Depois que Nicolás disse isso, eles saíram para dizer 'nós não queremos você aqui'", completou.

Na semana passada, o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que "não há lugar para Maduro" na posse de Bolsonaro, ao mesmo tempo que pediu aos países do mundo que "se unam para libertar a Venezuela", que atravessa uma severa crise política e econômica.

O próprio presidente eleito endossou essas declarações e acrescentou que "naturalmente" os líderes de "regimes que violam as liberdades de seu povo" não estarão na sua posse, no próximo dia 1º de janeiro.

As relações entre Venezuela e Brasil estão tensas desde o impeachment de Dilma Rousseff e a chegada de Michel Temer à presidência, cujo governo é um crítico de Maduro.

Acompanhe tudo sobre:BrasilDiplomaciaJair BolsonaroNicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Pelo menos seis mortos e 40 feridos em ataques israelenses contra o Iêmen

Israel bombardeia aeroporto e 'alvos militares' huthis no Iêmen

Caixas-pretas de avião da Embraer que caiu no Cazaquistão são encontradas

Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos