Britânicos das Malvinas começam a votar em referendo
Em iniciativa promovida pelos moradores do arquipélago, 1.672 eleitores estão convocados para dizer se desejam continuar sendo um território ultramarino da Grã-Bretanha
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2013 às 12h29.
Londres - Os habitantes das Ilhas Malvinas começaram a votar neste domingo em um referendo no qual se antecipa que reafirmarão sua vontade de continuar sendo um território sob administração britânica, embora a Argentina tenha classificado de antemão a consulta de irrelevante.
Em uma iniciativa promovida pelos moradores do arquipélago, 1.672 eleitores estão convocados para dizer se desejam continuar sendo um território ultramarino da Grã-Bretanha.
A consulta ocorre neste domingo e na segunda-feira das 13h00 às 21h00 GMT (10h00 às 18h00 de Brasília).
Cerca de 80% dos 2.563 moradores do arquipélago vivem na capital Stanley. Mas para que todos votem haverá colégios eleitorais em pequenos povoados remotos e urnas móveis.
"Nós nos enganaríamos se pensássemos que a Argentina vai mudar (de posição) da noite para o dia, mas esperamos enviar uma mensagem forte a eles e aos demais", disse à AFO Jan Cheek, membro da Assembleia Legislativa das Malvinas, que os britânicos chamam de Falklands.
No sábado, a embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, afirmou que o referendo não tem validade.
"Não tem efeito algum do ponto de vista do direito internacional. Um referendo entre os habitantes britânicos das ilhas em nada altera a essência da questão Malvinas. Seu resultado previsível não coloca fim à disputa nem aos inquestionáveis direitos argentinos", declarou Castro de Londres ao jornal digital Infobae.
O referendo ocorre num momento em que o governo de Cristina Kirchner leva adiante uma vasta ofensiva internacional para que Londres aceite iniciar negociações diplomáticas pela disputa de soberania nas Malvinas, palco de uma guerra de 74 dias em 1982 que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
Agora, com a consulta, os ilhéus esperam um "sim" contundente, com uma alta taxa de participação, para responder ao governo de Buenos Aires.
Também esperam poder pressionar outras capitais para obter reconhecimento internacional.
Segundo pesquisas recentes encomendadas pela imprensa britânica, as opiniões são incisivas dos dois lados.
De acordo com uma pesquisa da YouGov para a Sky News publicada no sábado, 24% dos argentinos pesquisados consideram o referendo sobre as Malvinas a principal questão de política externa, contra apenas 1% do lado dos britânicos.
Segundo outra pesquisa da ComRes para a ITV news, também divulgada no sábado, 77% dos britânicos estimam que os malvinenses deveriam decidir por eles mesmos o futuro das ilhas. E 60% acreditam que o Reino Unido não deve descartar opções militares contra uma ameaça dirigida às Malvinas.
O governo argentino insiste que a disputa deve ser resolvida mediante negociações bilaterais entre Londres e Buenos Aires, como pede a ONU desde 1965, sem interferência dos moradores.
Mas o Reino Unido sempre rejeitou esta opção, alegando que os habitantes das ilhas são os únicos que devem decidir seu futuro.
"Os únicos que podem decidir realmente o que mais lhes interessa são os malvinenses", afirma à AFP Dick Sawle, outro integrante da Assembleia Legislativa do arquipélago, situado no Atlântico Sul a 400 km da costa argentina.
Londres - Os habitantes das Ilhas Malvinas começaram a votar neste domingo em um referendo no qual se antecipa que reafirmarão sua vontade de continuar sendo um território sob administração britânica, embora a Argentina tenha classificado de antemão a consulta de irrelevante.
Em uma iniciativa promovida pelos moradores do arquipélago, 1.672 eleitores estão convocados para dizer se desejam continuar sendo um território ultramarino da Grã-Bretanha.
A consulta ocorre neste domingo e na segunda-feira das 13h00 às 21h00 GMT (10h00 às 18h00 de Brasília).
Cerca de 80% dos 2.563 moradores do arquipélago vivem na capital Stanley. Mas para que todos votem haverá colégios eleitorais em pequenos povoados remotos e urnas móveis.
"Nós nos enganaríamos se pensássemos que a Argentina vai mudar (de posição) da noite para o dia, mas esperamos enviar uma mensagem forte a eles e aos demais", disse à AFO Jan Cheek, membro da Assembleia Legislativa das Malvinas, que os britânicos chamam de Falklands.
No sábado, a embaixadora argentina em Londres, Alicia Castro, afirmou que o referendo não tem validade.
"Não tem efeito algum do ponto de vista do direito internacional. Um referendo entre os habitantes britânicos das ilhas em nada altera a essência da questão Malvinas. Seu resultado previsível não coloca fim à disputa nem aos inquestionáveis direitos argentinos", declarou Castro de Londres ao jornal digital Infobae.
O referendo ocorre num momento em que o governo de Cristina Kirchner leva adiante uma vasta ofensiva internacional para que Londres aceite iniciar negociações diplomáticas pela disputa de soberania nas Malvinas, palco de uma guerra de 74 dias em 1982 que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
Agora, com a consulta, os ilhéus esperam um "sim" contundente, com uma alta taxa de participação, para responder ao governo de Buenos Aires.
Também esperam poder pressionar outras capitais para obter reconhecimento internacional.
Segundo pesquisas recentes encomendadas pela imprensa britânica, as opiniões são incisivas dos dois lados.
De acordo com uma pesquisa da YouGov para a Sky News publicada no sábado, 24% dos argentinos pesquisados consideram o referendo sobre as Malvinas a principal questão de política externa, contra apenas 1% do lado dos britânicos.
Segundo outra pesquisa da ComRes para a ITV news, também divulgada no sábado, 77% dos britânicos estimam que os malvinenses deveriam decidir por eles mesmos o futuro das ilhas. E 60% acreditam que o Reino Unido não deve descartar opções militares contra uma ameaça dirigida às Malvinas.
O governo argentino insiste que a disputa deve ser resolvida mediante negociações bilaterais entre Londres e Buenos Aires, como pede a ONU desde 1965, sem interferência dos moradores.
Mas o Reino Unido sempre rejeitou esta opção, alegando que os habitantes das ilhas são os únicos que devem decidir seu futuro.
"Os únicos que podem decidir realmente o que mais lhes interessa são os malvinenses", afirma à AFP Dick Sawle, outro integrante da Assembleia Legislativa do arquipélago, situado no Atlântico Sul a 400 km da costa argentina.