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Brexit sem acordo pode provocar falta de alimentos, dizem especialistas

Especialistas enviaram uma carta às autoridades locais do Reino Unido, sugerindo a formação de equipes para analisar o possível impacto do acordo

Imagem de arquivo: Segundo o estudo, as prefeituras serão essenciais para prevenir os problemas que as interrupções no abastecimento de alimentos podem provocar nas cidades de todo o país (Denis Balibouse/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 06h23.

Londres - Uma saída abrupta do Reino Unido da União Europeia (UE) pode interromper o fornecimento de alimentos em algumas regiões do país e provocar "desordens sociais", alertou nesta quinta-feira um grupo de especialistas britânicos.

Pesquisadores das universidades de Londres, de Sussex e do Instituto de Saúde Meio Ambiental indicaram, além disso, que o Brexit pode reduzir os padrões de qualidade da alimentação dos britânicos e provocar grandes variações no preço da comida.

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Diante dos riscos, os especialistas informaram que enviaram uma carta às autoridades locais do Reino Unido, sugerindo a formação de equipes para analisar o possível impacto do Brexit em suas regiões.

Segundo o estudo, as prefeituras serão essenciais para prevenir os problemas que as interrupções no abastecimento de alimentos podem provocar nas cidades de todo o país.

"O impacto do Brexit na disponibilidade de alimentos dependerá de onde as pessoas vivem. As que estão mais longe dos portos do Canal da Mancha são as que correm mais riscos", afirmou Erik Millstone, professor de Ciência Política da Universidade de Sussex.Os pesquisadores destacaram que a saída do Reino Unido da UE afetará o sistema alimentar britânico com ou sem acordo. No entanto, a opção de deixar o bloco abruptamente é a que mais riscos pode gerar.

"Seja qual for o resultado das negociações políticas, mudanças significativas estão no horizonte", disse o diretor do Instituto de Saúde Meio Ambiental para a Irlanda do Norte, Gary McFarlane.

A carta enviada às prefeituras recomenda que os governos locais elaborem um mapa detalhado do funcionamento do abastecimento de cada região. Além disso, o texto sugere que as autoridades avaliem a possibilidade de aumentar a capacidade de armazenamento em caso de necessidade. EFE

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