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Brexit: oposição a May deixa segundo referendo mais perto

Partido Trabalhista britânico confirma voto contra acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia baseado nas propostas da primeira-ministra

Jeremy Corbyn é o líder do Partido Trabalhista britânico (Phil Noble/Reuters)

Jeremy Corbyn é o líder do Partido Trabalhista britânico (Phil Noble/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 06h01.

Última atualização em 27 de setembro de 2018 às 06h41.

Uma viagem de 380 quilômetros nesta quinta-feira pode oficializar o complô contra o Brexit proposto pela primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May. O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, vai a Bruxelas, capital da União Europeia, onde se reúne com o negociador chefe do bloco, Michel Barnier.

O encontro ocorre um dia após a conferência de seu partido, maior oposição ao governo britânico, confirmar voto contra um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia baseado nas propostas da primeira-ministra Theresa May. Essa reprovação abriria espaço para tirá-la do poder. Caso a proposta de uma nova eleição seja rejeitada, o partido de oposição iria propor um novo referendo.

O encontro pode decretar a segunda derrota de May em menos de uma semana. Na sexta-feira passada, um plano de negociação com a União Europeia foi rejeitado, e a primeira-ministra foi criticada. Para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o acordo não funcionaria, e por isso era urgente que a líder britânica preparasse uma proposta melhor. Os temas de embate entre os britânicos e o bloco europeu ainda são a área de livre comércio, e a questão aduaneira entre as Irlandas.

Ontem, Corbyn afirmou que era “inconcebível que nós saiamos da Europa sem acordo — isso seria um desastre nacional. ” “É por isso que, se o Parlamento votar um acordo dos conservadores ou se o governo falhar em alcançar algum acordo, nós pressionaríamos por uma eleição geral”, disse.

Enquanto o mundo desmorona sobre sua cabeça, May tenta reconquistar sua credibilidade com acordos bilaterais, fora da Europa. Uma promissora tentativa ocorreu nesta quarta-feira, quando May participou do Fórum Econômico da Bloomberg, em Nova York, e prometeu uma ilha “pró-negócios”, depois que o Brexit ocorrer, em março.

Ela ainda reconheceu as dificuldades de finalizar o acordo, mas garantiu que, com união e parceiras, a ilha britânica poderá deixar a União Europeia e ainda ser polo de atração comercial. “Investir no Reino Unido pós-Brexit vai te garantir a menor taxa do G-20”, afirmou. Antes de falar para o mundo, May precisa resolver os problemas internos, de uma nação cada vez menos paciente com suas indecisões.

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