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Grã-Bretanha pode apreender passaportes de jihadistas

País tem planos de apreender temporariamente os passaportes de suspeitos de pertencerem a grupos militantes islâmicos


	Membro leal ao Estado Islâmico: medida busca enfrentar a ameaça representada por britânicos radicais que voltam da Síria e do Iraque
 (Stringer/Reuters)

Membro leal ao Estado Islâmico: medida busca enfrentar a ameaça representada por britânicos radicais que voltam da Síria e do Iraque (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 16h49.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira planos para apreender temporariamente os passaportes de suspeitos de pertencerem a grupos militantes islâmicos como forma de enfrentar a ameaça representada por britânicos radicais que voltam da Síria e do Iraque.

A proposta foi apresentada dias após Cameron ter elevado o alerta de ameaça de terrorismo na Grã-Bretanha para o segundo nível mais alto, alegando que o Estado Islâmico na Síria e no Iraque representa o maior risco à segurança do país em todos os tempos.

Um vídeo do Estado Islâmico divulgado no mês passado, supostamente mostrando um homem com sotaque londrino decapitando um jornalista norte-americano, causou preocupação de que britânicos que estejam lutando na região possam voltar ao país e realizar ataques em território britânico.

"Todos nós ficamos chocado e enojados com a barbárie que temos assistido no Iraque", disse Cameron ao Parlamento.

"Há duas áreas-chave em que precisamos fortalecer nossos poderes para preencher as lacunas específicas no nosso arsenal. Estas são impedir suspeitos de viajar e lidar decisivamente com aqueles aqui que já representam um risco."

Cameron disse que vai apresentar novas "legislações específicas" para dar à polícia poder para apreender temporariamente o passaporte de suspeitos nos postos de fronteira, de forma a dar às autoridades tempo para investigá-los.

Atualmente, apenas o ministro do Interior britânico tem poder para retirar um passaporte.

Perguntado por um parlamentar trabalhista, da oposição, se estava aberto à ideia de se unir aos Estados Unidos em uma ação militar direta, Cameron disse que não "descarta nada".

"Um governo britânico precisa agir pelo interesse nacional... para ajudar a manter nossa população a salvo, e nós precisamos considerar tudo à luz disso", disse, acrescentando que se for necessário agir rapidamente ele o fará, sem buscar antes autorização do Parlamento.

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