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Brasileira ex-cunhada de porta-voz de Trump é solta após pagar fiança

Bruna Carolina Ferreira foi detida no dia 12 de novembro por ter excedido o limite de permanência nos Estados Unidos

Karoline Leavitt: a brasileira Bruna Carolina Ferreira é mãe do sobrinho da porta-voz do governo Trump (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)

Karoline Leavitt: a brasileira Bruna Carolina Ferreira é mãe do sobrinho da porta-voz do governo Trump (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 16h04.

Uma juíza de imigração dos Estados Unidos determinou a libertação da brasileira Bruna Carolina Ferreira mediante o pagamento de fiança de US$ 1.500, enquanto ela ainda tenta evitar a deportação.

Bruna é ex-cunhada e mãe do sobrinho da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, e foi presa nos arredores de Boston em 12 de novembro. Segundo a imprensa americana, ela teria ultrapassado em 26 anos o limite de permanência autorizado no país.

De acordo com o jornal Washington Post, a juíza Cynthia Goodman fixou a fiança no valor mínimo. A defesa afirmou que o governo a retratou de forma injusta como uma imigrante ilegal criminosa e sustentou que essa caracterização não corresponde à realidade.

A prisão da brasileira

O Departamento de Segurança Interna dos EUA informou que Bruna foi detida em Revere, no estado de Massachusetts, e transferida para o Centro de Processamento do ICE, no sul da Louisiana.

Segundo o órgão, ela entrou no país com um visto de turista do tipo B2, que exigia sua saída até 6 de junho de 1999, e possui um registro anterior de prisão por agressão.

Um de seus advogados, Todd Pomerleau, afirmou que Bruna já foi beneficiária do programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca), criado para proteger temporariamente da deportação pessoas levadas ainda crianças aos Estados Unidos.

Segundo a defesa, ela não conseguiu renovar o status há alguns anos, durante a primeira administração de Donald Trump, quando o governo tentou encerrar o programa.

Trump tentou encerrar o Daca durante seu primeiro mandato, mas a Suprema Corte decidiu que sua administração não seguiu os procedimentos legais adequados para fazê-lo. Ainda assim, alguns beneficiários do programa estão entre os detidos na atual operação de aplicação das leis de imigração.

Em declaração à agência Associated Press na época da prisão, a secretária-assistente de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, afirmou que pessoas com status vinculado ao Daca não estão automaticamente protegidas contra deportações e que o programa não confere status legal permanente no país.

Relação com a porta-voz de Trump

Bruna foi presa enquanto dirigia para buscar o filho em New Hampshire, onde o menino mora com o pai. Ela e Michael Leavitt, irmão de Karoline, foram noivos e têm a custódia compartilhada do filho de 11 anos, segundo a CNN.

De acordo com a emissora, o sobrinho da porta-voz vive em tempo integral com o pai desde que nasceu.

Na época da prisão, Michael Leavitt declarou que Bruna mantém vínculo com o filho, embora eles não tenham se falado desde a detenção, e disse querer apenas o melhor para o menino.

Karoline Leavitt, nomeada porta-voz da Casa Branca pelo presidente Trump em novembro de 2024, não se manifestou publicamente sobre o caso.

*Com informações do Globo

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