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Brasil propõe voltar a discutir comércio com Argentina

"Há muitas queixas de empresários brasileiros", revelou o ministro Fernando Pimentel em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros

Pimentel insistiu nesta sexta-feira que, apesar dos "problemas pontuais", as relações comerciais do Brasil com a Argentina são "muito boas" (Antônio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 14h24.

Brasília - O Governo brasileiro voltará a discutir nas próximas semanas os "impedimentos" ao comércio que representam algumas medidas adotadas pela Argentina, anunciou nesta sexta-feira o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel .

"Há muitas queixas de empresários brasileiros", revelou o ministro em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros, na qual indicou que "parece que a Argentina está com problemas e devemos, de forma madura, tratar de ajudar a solucioná-los".

Segundo Pimentel, muitas exigências do setor privado brasileiro se devem ao novo regime de declaração antecipada de importação estabelecida pelo Governo argentino, o que obriga às empresas desse país a antecipar suas previsões de compras, que depois devem ser aprovadas pelas autoridades antes de concretizadas.

Essa medida, na opinião do ministro, criou "uma dificuldade adicional" ao comércio, que será discutida por uma missão oficial brasileira que se propõe a viajar para Buenos Aires "nas próximas semanas".

De acordo com dados da Confederação Nacional de Indústrias do Brasil (CNI), as exportações à Argentina caíram 22% nos dois primeiros meses deste ano.


Esses números foram colocados por representantes da CNI em reunião com autoridades do país vizinho na quarta-feira em Buenos Aires, mas o Governo argentino "não quer que seja assim", como disse o ministro da Economia, Hernán Lorenzino.

"O que sabemos, pelos últimos números oficiais correspondentes ao mês de janeiro, é que o Brasil comprou 24,8% menos e que importamos a partir do Brasil 10% mais na comparação com o mesmo mês de 2011", afirmou o ministro argentino.

Pimentel insistiu nesta sexta-feira que, apesar dos "problemas pontuais", as relações comerciais do Brasil com a Argentina são "muito boas" e reiterou que, em "volume de troca tão intenso", como o existente entre os países, "é normal que haja problemas".

A situação, no entanto, também inquieta à influente Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente, Paulo Skaf, anunciou nesta quinta-feira que pretende viajar nos próximos dias a Buenos Aires para discutir o assunto com autoridades do Governo e as associações empresariais.

"Estamos muito preocupados com esta situação e vamos continuar negociando para encontrar uma solução adequada aos dois lados", prometeu Skaf.

O presidente da Fiesp admitiu que a "Argentina é um país vizinho e um importante parceiro comercial", mas ressaltou que "não se pode aceitar que a indústria brasileira seja prejudicada por medidas unilaterais".

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Brasília - O Governo brasileiro voltará a discutir nas próximas semanas os "impedimentos" ao comércio que representam algumas medidas adotadas pela Argentina, anunciou nesta sexta-feira o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel .

"Há muitas queixas de empresários brasileiros", revelou o ministro em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros, na qual indicou que "parece que a Argentina está com problemas e devemos, de forma madura, tratar de ajudar a solucioná-los".

Segundo Pimentel, muitas exigências do setor privado brasileiro se devem ao novo regime de declaração antecipada de importação estabelecida pelo Governo argentino, o que obriga às empresas desse país a antecipar suas previsões de compras, que depois devem ser aprovadas pelas autoridades antes de concretizadas.

Essa medida, na opinião do ministro, criou "uma dificuldade adicional" ao comércio, que será discutida por uma missão oficial brasileira que se propõe a viajar para Buenos Aires "nas próximas semanas".

De acordo com dados da Confederação Nacional de Indústrias do Brasil (CNI), as exportações à Argentina caíram 22% nos dois primeiros meses deste ano.


Esses números foram colocados por representantes da CNI em reunião com autoridades do país vizinho na quarta-feira em Buenos Aires, mas o Governo argentino "não quer que seja assim", como disse o ministro da Economia, Hernán Lorenzino.

"O que sabemos, pelos últimos números oficiais correspondentes ao mês de janeiro, é que o Brasil comprou 24,8% menos e que importamos a partir do Brasil 10% mais na comparação com o mesmo mês de 2011", afirmou o ministro argentino.

Pimentel insistiu nesta sexta-feira que, apesar dos "problemas pontuais", as relações comerciais do Brasil com a Argentina são "muito boas" e reiterou que, em "volume de troca tão intenso", como o existente entre os países, "é normal que haja problemas".

A situação, no entanto, também inquieta à influente Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente, Paulo Skaf, anunciou nesta quinta-feira que pretende viajar nos próximos dias a Buenos Aires para discutir o assunto com autoridades do Governo e as associações empresariais.

"Estamos muito preocupados com esta situação e vamos continuar negociando para encontrar uma solução adequada aos dois lados", prometeu Skaf.

O presidente da Fiesp admitiu que a "Argentina é um país vizinho e um importante parceiro comercial", mas ressaltou que "não se pode aceitar que a indústria brasileira seja prejudicada por medidas unilaterais".

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