Brasil lança certificação sustentável para calçados
Abicalçados e Assintecal lançam o programa Origem Sustentável, que avalia o grau de comprometimento das empresas do setor calçadista com a sustentabilidade
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 15h56.
São Paulo - A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal) lançaram nesta quarta-feira (16), em São Paulo, durante o evento de moda InspiraMais, a primeira certificação sustentável do Brasil para calçados.
Batizada de Origem Sustentável, a iniciativa - que conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) - pretende avaliar o grau de comprometimento das empresas do setor coureiro calçadista com a sustentabilidade, com base em 52 diferentes critérios, agrupados em quatro pilares: cultural, ambiental, social e econômico.
"Analisamos a atuação da empresa desde o momento da compra da matéria-prima até a hora da entrega do produto final, levando em conta quesitos como gasto de energia, nível de poluição, consumo de água, descarte de resíduos, legislação trabalhista, não utilização de substâncias tóxicas e relação com funcionários e comunidade do entorno", explica Valdemar Masselli Jr., vice-presidente de Inovação e Sustentabilidade da Assintecal.
O programa de certificação, que é auditado pela System & Service Certification (SGS) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), possui cinco diferentes selos:
- branco, concedido às empresas que demonstram interesse em participar do programa;
- bronze, dado às companhias que relatam suas iniciativas ao programa, demonstrando transparência;
- prata, para marcas que acompanham a média do mercado nacional, quando o assunto é o comprometimento com a sustentabilidade;
- ouro, para as empresas que superam a média brasileira e
- diamante, concedido às companhias que acompanham ou superam a média do mercado internacional.
Por enquanto12 empresas brasileiras possuem a certificação Origem Sustentável: três delas são fabricantes de calçados - Piccadilly, Calçados Bibi e Dian Patris -, enquanto as outras produzem componentes para o setor - Killing, FCC, Prisma, Endutex, Dublauto Gaúcha, Jotaclass, JR Dublagens, Cipatex e MK Química. Todas elas receberam o selo bronze, "mas a maioria está pleiteando o prata", conta Masselli.
Qualquer marca do setor coureiro calçadista interessada em se submeter ao programa de certificação pode procurar a Abicalçados ou a Assintecal. A única exigência para participar da iniciativa é ser associado a uma das duas instituições. "Queremos incentivar nas empresas o compromisso de gerenciar e melhorar seus resultados. O conceito de calçado sustentável, com certeza, ampliará as oportunidades no mercado internacional e dará maior competitividade às marcas. A Europa, por exemplo, não aceita mais o ingresso de determinados produtos em seu território", explica Marcelo Nicolau, presidente da Assintecal.
Por enquanto, para se manter atualizado a respeito de quais empresas estão participando da iniciativa, consumidores e stakeholders devem procurar as associações envolvidas no programa. "Mas, no futuro, queremos desenvolver uma identidade visual que informe, na hora da compra, a participação da marca no Origem Sustentável e seu grau de comprometimento com a sustentabilidade", diz Masselli.
São Paulo - A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal) lançaram nesta quarta-feira (16), em São Paulo, durante o evento de moda InspiraMais, a primeira certificação sustentável do Brasil para calçados.
Batizada de Origem Sustentável, a iniciativa - que conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) - pretende avaliar o grau de comprometimento das empresas do setor coureiro calçadista com a sustentabilidade, com base em 52 diferentes critérios, agrupados em quatro pilares: cultural, ambiental, social e econômico.
"Analisamos a atuação da empresa desde o momento da compra da matéria-prima até a hora da entrega do produto final, levando em conta quesitos como gasto de energia, nível de poluição, consumo de água, descarte de resíduos, legislação trabalhista, não utilização de substâncias tóxicas e relação com funcionários e comunidade do entorno", explica Valdemar Masselli Jr., vice-presidente de Inovação e Sustentabilidade da Assintecal.
O programa de certificação, que é auditado pela System & Service Certification (SGS) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), possui cinco diferentes selos:
- branco, concedido às empresas que demonstram interesse em participar do programa;
- bronze, dado às companhias que relatam suas iniciativas ao programa, demonstrando transparência;
- prata, para marcas que acompanham a média do mercado nacional, quando o assunto é o comprometimento com a sustentabilidade;
- ouro, para as empresas que superam a média brasileira e
- diamante, concedido às companhias que acompanham ou superam a média do mercado internacional.
Por enquanto12 empresas brasileiras possuem a certificação Origem Sustentável: três delas são fabricantes de calçados - Piccadilly, Calçados Bibi e Dian Patris -, enquanto as outras produzem componentes para o setor - Killing, FCC, Prisma, Endutex, Dublauto Gaúcha, Jotaclass, JR Dublagens, Cipatex e MK Química. Todas elas receberam o selo bronze, "mas a maioria está pleiteando o prata", conta Masselli.
Qualquer marca do setor coureiro calçadista interessada em se submeter ao programa de certificação pode procurar a Abicalçados ou a Assintecal. A única exigência para participar da iniciativa é ser associado a uma das duas instituições. "Queremos incentivar nas empresas o compromisso de gerenciar e melhorar seus resultados. O conceito de calçado sustentável, com certeza, ampliará as oportunidades no mercado internacional e dará maior competitividade às marcas. A Europa, por exemplo, não aceita mais o ingresso de determinados produtos em seu território", explica Marcelo Nicolau, presidente da Assintecal.
Por enquanto, para se manter atualizado a respeito de quais empresas estão participando da iniciativa, consumidores e stakeholders devem procurar as associações envolvidas no programa. "Mas, no futuro, queremos desenvolver uma identidade visual que informe, na hora da compra, a participação da marca no Origem Sustentável e seu grau de comprometimento com a sustentabilidade", diz Masselli.