Dinheiro: em 2014 o Brasil e os países da Aliança do Pacífico são os que apresentam melhores perspectivas econômicas para as principais companhias espanholas (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 16h44.
Madri - A maioria das grandes empresas espanholas aumentarão neste ano seus investimentos em Brasil, México e Colômbia, e preveem que o faturamento procedente de seus negócios na América Latina supere em três anos o que é obtido na Espanha.
Segundo o 7º Relatório Panorama de Investimento Espanhol na América Latina, elaborado pela IE Business School e do qual participaram Casa de America, Air France e KLM, em 2014 o Brasil e os países da Aliança do Pacífico são os que apresentam melhores perspectivas econômicas para as principais companhias espanholas.
No entanto, e apesar dos últimos incidentes entre o consórcio liderado pela espanhola Sacyr e a Autoridade do Canal do Panamá sobre as obras do canal, o país centro-americano continua se consolidando como destino no qual cada vez há maior atividade espanhola.
O relatório indica que Venezuela e Argentina voltam a ser as economias que mais dúvidas geram entre os empresários espanhóis, por isso serão os países mais prejudicados em meio a turbulências econômicas como saídas de capitais ou problemas com a taxa de câmbio.
Entre as empresas que participaram do estudo, 80% preveem aumentar seus investimentos, sobretudo nos países da Aliança do Pacífico, ao avaliar sua abertura comercial, e quase 90% acreditam que vão elevar seus negócios durante os próximos três anos.
Também entre as companhias ouvidas, 74% consideram que seu faturamento na América Latina será superior ao obtido na Espanha, embora esta porcentagem tenha reduzido sete pontos percentuais em relação ao relatório de 2013.
Segundo o estudo, esta redução se deve ao maior otimismo dos empresários em relação à evolução da economia espanhola.
Brasil, México e Colômbia são os mercados melhor posicionados quanto a oportunidades de negócio que oferecem graças ao aumento da renda per capita e ao aumento do consumo.
O México é considerado o país mais competitivo e o que tem acordos de livre-comércio mais interessantes, enquanto o Chile é valorizado pela qualificação de sua mão de obra e o Panamá por sua localização geográfica.
Em sentido contrário, a insegurança, as questões jurídicas e o déficit de infraestruturas são os riscos e problemas que os empresários espanhóis percebem na América Latina.
A cidade de São Paulo é a metrópole mais atrativa para localizar as operações centrais de investimento, seguida por Bogotá e Miami, ainda segundo o estudo.
O relatório também aponta que, de todo o investimento direto espanhol no mundo, 36% está na América Latina.