Brasil e Alemanha unem forças em reação à mudança climática
Os países se comprometeram a adotar uma abordagem conjunta para lidar com a mudança climática, um gesto que harmoniza as economias
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2015 às 17h39.
Brasília - Brasil e Alemanha se comprometeram nesta quinta-feira a adotar uma abordagem conjunta para lidar com a mudança climática, um gesto que harmoniza as maiores economias da Europa e da América Latina antes da cúpula climática de Paris em dezembro.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff se concentraram basicamente na cooperação ambiental durante a visita de 24 horas da líder europeia, que também tratou do fortalecimento do comércio e dos investimentos na estagnada economia brasileira.
"Acordamos ações comuns para enfrentar uma das grandes questões do século 21", disse Dilma, acrescentando que o Brasil está engajado em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030.
A reunião da Conferência sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-21, na capital francesa, irá buscar um acordo obrigatório sobre a maneira de dividir o fardo de se diminuir o aquecimento global em 2 graus Celsius, ou menos, acima dos níveis pré-industriais.
Abrindo os cofres para comprovar seu discurso, o governo alemão anunciou 550 milhões de euros em financiamento para programas ambientais no Brasil.
O Ministério do Desenvolvimento da Alemanha irá oferecer ao Brasil 525 milhões de euros em empréstimos para custear o desenvolvimento de fontes de energia renovável e para a preservação das florestas tropicais. A Alemanha ainda doou 23 milhões de euros para ajudar o Brasil a criar um registro rural com o objetivo de aprimorar o monitoramento do desmatamento.
Dilma, cujo governo sofre com a pior recessão econômica em três décadas e os desdobramentos de escândalos de corrupção, informou Merkel a respeito dos ambiciosos planos de infraestrutura do país e convidou empresas alemãs a participar de licitações de construção de estradas, portos, rodovias e aeroportos.
Tanto empresas locais quanto estrangeiras se queixam há décadas da dificuldade de se fazer negócios no Brasil devido à burocracia e à lentidão das agências reguladoras.
Em entrevista ao jornal alemão de negócios Handelsblatt, Dilma afirmou que o Brasil está trabalhando em uma regra que concederia aprovação automática a propostas que não sejam decididas em um determinado prazo de tempo.
A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil. O México desbancou o Brasília como principal parceiro de Berlim na América Latina.
Merkel e Dilma disseram que querem acelerar as negociações de um acordo comercial da União Europeia com o Mercosul, que se arrasta há 15 anos.
A troca de propostas para uma redução de tarifas, agora marcada para o fim deste ano, foi freada pela crise econômica da Argentina.
A Alemanha está interessada colocar as conversas em andamento com os países do Mercosul que estejam prontos. Merkel afirmou a repórteres que Dilma também está disposta a isso.
Brasília - Brasil e Alemanha se comprometeram nesta quinta-feira a adotar uma abordagem conjunta para lidar com a mudança climática, um gesto que harmoniza as maiores economias da Europa e da América Latina antes da cúpula climática de Paris em dezembro.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff se concentraram basicamente na cooperação ambiental durante a visita de 24 horas da líder europeia, que também tratou do fortalecimento do comércio e dos investimentos na estagnada economia brasileira.
"Acordamos ações comuns para enfrentar uma das grandes questões do século 21", disse Dilma, acrescentando que o Brasil está engajado em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030.
A reunião da Conferência sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-21, na capital francesa, irá buscar um acordo obrigatório sobre a maneira de dividir o fardo de se diminuir o aquecimento global em 2 graus Celsius, ou menos, acima dos níveis pré-industriais.
Abrindo os cofres para comprovar seu discurso, o governo alemão anunciou 550 milhões de euros em financiamento para programas ambientais no Brasil.
O Ministério do Desenvolvimento da Alemanha irá oferecer ao Brasil 525 milhões de euros em empréstimos para custear o desenvolvimento de fontes de energia renovável e para a preservação das florestas tropicais. A Alemanha ainda doou 23 milhões de euros para ajudar o Brasil a criar um registro rural com o objetivo de aprimorar o monitoramento do desmatamento.
Dilma, cujo governo sofre com a pior recessão econômica em três décadas e os desdobramentos de escândalos de corrupção, informou Merkel a respeito dos ambiciosos planos de infraestrutura do país e convidou empresas alemãs a participar de licitações de construção de estradas, portos, rodovias e aeroportos.
Tanto empresas locais quanto estrangeiras se queixam há décadas da dificuldade de se fazer negócios no Brasil devido à burocracia e à lentidão das agências reguladoras.
Em entrevista ao jornal alemão de negócios Handelsblatt, Dilma afirmou que o Brasil está trabalhando em uma regra que concederia aprovação automática a propostas que não sejam decididas em um determinado prazo de tempo.
A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil. O México desbancou o Brasília como principal parceiro de Berlim na América Latina.
Merkel e Dilma disseram que querem acelerar as negociações de um acordo comercial da União Europeia com o Mercosul, que se arrasta há 15 anos.
A troca de propostas para uma redução de tarifas, agora marcada para o fim deste ano, foi freada pela crise econômica da Argentina.
A Alemanha está interessada colocar as conversas em andamento com os países do Mercosul que estejam prontos. Merkel afirmou a repórteres que Dilma também está disposta a isso.