Brasil acusa EUA por crise na OMC
Itamaraty afirma que fracasso da rodada Doha se deve à exigência americana de total abertura dos mercados de Brasil, Índia e China
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2011 às 11h22.
Genebra - O Itamaraty acusa os Estados Unidos de serem responsáveis pela crise na Organização Mundial do Comércio (OMC) por exigir a total abertura dos mercados do Brasil, da China e da Índia no setor industrial. O governo brasileiro indica que, pela primeira vez, já se pensa em alternativas à negociação lançada há uma década.
Na prática, a busca por um Plano B é abandonar o ambicioso projeto da Rodada Doha e salvar pelo menos a credibilidade da OMC. Uma das ideias que circula em Genebra seria optar, por enquanto, por fechar tratados menores em setores onde exista algum tipo de entendimento.
"A percepção do Brasil é de que, se não houver flexibilidade por um dos membros, o hiato de fato não é superável", afirmou Roberto Azevedo, embaixador do Brasil na OMC. "Se não podemos quebrar o impasse, a próxima questão é se podemos fazer alguma coisa para salvar o que já foi feito", indicou, apontando que por ora não existem negociações concretas sobre isso. "São apenas ideias que estão circulando."
Azevedo garante que o Brasil não está fazendo a proposta de dividir a negociação em parcelas, nem é o promotor da ideia de adiar algumas das decisões mais difíceis por alguns anos. O Itamaraty, porém, não esconde que uma das preocupações é com a credibilidade da OMC. "Temos de ver como dar espaço para que a organização continue trabalhando em temas da agenda atual", disse Azevedo.
Para os países emergentes, o que os Estados Unidos pedem hoje não condiz com a realidade. Para fazer concessões no setor agrícola, os americanos estariam exigindo uma abertura profunda das economias de Brasil, China e Índia na área industrial. Só no caso do Brasil, por exemplo, o governo americano exige o fim de tarifas de importação para um terço dos produtos - 3,2 mil linhas tarifárias. China, Índia e Brasil chegaram à conclusão de que não há como continuar negociando com a Casa Branca nessas condições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Genebra - O Itamaraty acusa os Estados Unidos de serem responsáveis pela crise na Organização Mundial do Comércio (OMC) por exigir a total abertura dos mercados do Brasil, da China e da Índia no setor industrial. O governo brasileiro indica que, pela primeira vez, já se pensa em alternativas à negociação lançada há uma década.
Na prática, a busca por um Plano B é abandonar o ambicioso projeto da Rodada Doha e salvar pelo menos a credibilidade da OMC. Uma das ideias que circula em Genebra seria optar, por enquanto, por fechar tratados menores em setores onde exista algum tipo de entendimento.
"A percepção do Brasil é de que, se não houver flexibilidade por um dos membros, o hiato de fato não é superável", afirmou Roberto Azevedo, embaixador do Brasil na OMC. "Se não podemos quebrar o impasse, a próxima questão é se podemos fazer alguma coisa para salvar o que já foi feito", indicou, apontando que por ora não existem negociações concretas sobre isso. "São apenas ideias que estão circulando."
Azevedo garante que o Brasil não está fazendo a proposta de dividir a negociação em parcelas, nem é o promotor da ideia de adiar algumas das decisões mais difíceis por alguns anos. O Itamaraty, porém, não esconde que uma das preocupações é com a credibilidade da OMC. "Temos de ver como dar espaço para que a organização continue trabalhando em temas da agenda atual", disse Azevedo.
Para os países emergentes, o que os Estados Unidos pedem hoje não condiz com a realidade. Para fazer concessões no setor agrícola, os americanos estariam exigindo uma abertura profunda das economias de Brasil, China e Índia na área industrial. Só no caso do Brasil, por exemplo, o governo americano exige o fim de tarifas de importação para um terço dos produtos - 3,2 mil linhas tarifárias. China, Índia e Brasil chegaram à conclusão de que não há como continuar negociando com a Casa Branca nessas condições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.