A petrolífera britânica BP cortou, novamente, sua produção no Alasca, em decorrência de falhas detectadas em um compressor. Desta vez, a atividade foi reduzida para 110 000 barris de petróleo por dia (bpd). Este é o segundo corte da produção no campo de Prudhoe Bay, que, em situação normal, gera 400 000 bpd. Em 6 de agosto, quando ocorreu o vazamento de um de seus oleodutos, a BP baixou a produção do campo para 200 000 bpd.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, além dos problemas com o compressor, a BP também interrompeu a utilização de outro duto, que passa por uma análise para detectar eventuais pontos de corrosão. Os órgãos de fiscalização do Alasca já haviam determinado que a BP efetuasse testes de corrosão em seus oleodutos, após um grande vazamento em março também em Prudhoe Bay.

O vazamento de agosto desencadeou uma série de ataques conta a companhia. O corte na produção da bacia - a maior dos Estados Unidos - levou o governo do Alasca a estudar um pedido de indenização de cerca de 6,4 milhões de dólares por dia. De acordo com as autoridades, o valor equivale às perdas que os cofres públicos sofrerão com o menor recolhimento de impostos e royalties, devido à menor produção. Funcionários da BP também acusam a empresa de fraudar dados de inspeção dos dutos de Prudhoe Bay, o que levou a polícia local a instaurar um inquérito.