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Biden quer conversar com Xi Jinping sobre balão chinês derrubado

Biden se dirigiu pela primeira vez aos americanos nesta quinta-feira, 16, sobre o abate, no último dia 4, de um balão que, segundo Washington, realizava uma missão de espionagem. Dias depois, ordenou a destruição de outros óvnis

EUA e China: A decisão de destruí-lo transmite “uma mensagem clara”, de acordo com Biden (AFP/AFP)

EUA e China: A decisão de destruí-lo transmite “uma mensagem clara”, de acordo com Biden (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de fevereiro de 2023 às 08h02.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer evitar uma “Guerra Fria” com Pequim após a derrubada de um balão chinês, e se propôs a conversar sobre o tema com o presidente chinês, Xi Jinping.

Biden se dirigiu pela primeira vez aos americanos nesta quinta-feira, 16, sobre o abate, no último dia 4, de um balão que, segundo Washington, realizava uma missão de espionagem. Dias depois, ordenou a destruição de outros óvnis.

“Não queremos uma nova Guerra Fria” e “seguimos falando com a China”, declarou hoje, em breve discurso. “Espero falar com o presidente Xi e chegar ao fundo disso, mas não me desculpo por ter derrubado o balão”, acrescentou. Pequim garante que se tratava de um balão meteorológico que entrou involuntariamente no espaço aéreo americano.

A decisão de destruí-lo transmite “uma mensagem clara”, de acordo com Biden. “Qualquer violação da nossa soberania é inadmissível”, afirmou. "Se algum objeto representar uma ameaça à segurança dos americanos, irei derrubá-lo", insistiu o presidente democrata, 80 anos.

Quanto aos três objetos destruídos recentemente, Biden reconheceu, assim como outros funcionários americanos, que “nada, até o momento”, mostrou que tivessem “relação com o programa de balões espiões da China”, nem com “dispositivos de vigilância de outro país”. “Esses três objetos provavelmente estavam vinculados a empresas privadas, atividades de lazer ou instituições de pesquisa científica”, disse.

“Não temos evidências de que tenha havido um aumento repentino da quantidade de objetos no céu”, explicou, “mas os vemos mais”, devido, em parte, a uma mudança nos parâmetros dos radares.

O presidente disse que conversou com aliados sobre o programa de espionagem que, segundo ele, é operado pela China, e que pediu um “melhor levantamento” dos objetos voadores no céu americano.

As últimas três operações de derrubada foram realizadas em nome da segurança do transporte aéreo, visto que esses objetos voavam a altitudes próximas às dos aviões. No caso do balão chinês, a oposição republicana criticou Biden por ter esperado demais antes de dar a ordem.

Os outros objetos serão analisados para determinar sua natureza, seu uso e sua origem, mas é difícil recuperá-los, porque caíram sobre águas geladas ou áreas remotas, apontou na terça-feira John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do governo americano. O assunto envenenou as relações diplomáticas entre Estados Unidos e China, que acusam um ao outro de espionagem.

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