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Biden exige que Putin cumpra compromissos de paz na Ucrânia

Poroshenko lamentou que não é possível falar de um "rebaixamento de tensão" nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk


	Separatistas pró-Rússia: "Os Acordos de Minsk não terão sucesso se a Rússia não cumprir com suas obrigações"
 (Dominique Faget/AFP)

Separatistas pró-Rússia: "Os Acordos de Minsk não terão sucesso se a Rússia não cumprir com suas obrigações" (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 13h50.

Kiev - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita oficial a Kiev, exigiu nesta segunda-feira que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, cumpra os compromissos firmados nos Acordos de Minsk para a paz no leste da Ucrânia.

"Os Acordos de Minsk não terão sucesso se a Rússia não cumprir com suas obrigações, se o presidente Putin não cumprir o que tantas vezes prometeu ao presidente Barack Obama e à comunidade internacional", disse Biden em entrevista coletiva conjunta com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.

Poroshenko lamentou que não é possível falar de um "rebaixamento de tensão" nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk, apesar do cessar-fogo total em vigor desde o último dia 1º de setembro.

O presidente ucraniano denunciou que, embora os ataques dos separatistas contra as posições de Kiev tenham reduzido, só nas últimas 24 horas oito soldados ficaram feridos na região do conflito.

Por outro lado, Biden anunciou a concessão de uma nova ajuda financeira à Ucrânia, avaliada em US$ 190 milhões, para "sustentar o progresso alcançado" com as reformadas empreendidas pelo governo de Kiev após derrubar em 2014 o ex-presidente Viktor Yanukovich.

Apesar do vice-presidente elogiou as medidas no âmbito econômico, pediu à Ucrânia um maior esforço para "acabar com a corrupção, que freia demais o avanço".

"O que ocorrer no próximo ano vai determinar o destino de seu país para as gerações futuras. Vocês estão em uma encruzilhada", disse Biden aos ucranianos.

Um dos objetivos da viagem de Biden é "lembrar os cidadãos da Ucrânia e do mundo que, apesar de grande parte da atenção internacional estar voltada à intervenção na Síria, os EUA não se esqueceram da Ucrânia, um assunto central em nossos interesses", explicou um porta-voz da Casa Branca às vésperas da visita.

O vice-presidente dos EUA deve fazer um discurso amanhã no parlamento da Ucrânia para expor a política americana e destacar aos deputados sua "obrigação" de seguir lutando para que o país avance.

Durante meses, o Pentágono enviou à Ucrânia milhões de dólares em equipamentos de visão noturna, capacetes, rádios e primeiros socorros, enquanto outras agências americanas contribuíram com ajuda humanitária às vítimas do conflito no leste do país.

Segundo o jornal "The Washington Post", parte desses equipamentos militares não letais entregues ao governo da Ucrânia, avaliados em US$ 260 milhões, era obsoleto.

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