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Biden anuncia mais de 500 novas sanções à Rússia após morte de Navalny

Pacote de restrições é o maior desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022; alvos são ligados à prisão do ativista e o setor financeiro da Rússia

Este é o maior pacote de restrições econômicas desde a invasão russa à Ucrânia (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)

Este é o maior pacote de restrições econômicas desde a invasão russa à Ucrânia (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 10h11.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira mais de 500 novas sanções à Rússia, que forçarão o presidente Vladimir Putin a pagar "um preço ainda mais alto" pela morte na prisão do líder da oposição Alexei Navalny, anunciada na semana passada, e por sua guerra na Ucrânia, que completará dois anos no sábado. As novas medidas deverão ser implementadas pelo Departamento do Tesouro e de Estado americanos.

"Elas [as sanções] garantirão que Putin pague um preço ainda mais alto por sua agressão no exterior e repressão em casa", disse Biden em um comunicado.

Segundo um porta-voz do Departamento do Tesouro americano ao New York Times, este é o maior pacote de restrições econômicas desde a invasão russa à Ucrânia. Os alvos das centenas de penalidades estão ligados à prisão do ativista e ao setor financeiro da Rússia. Também serão penalizadas quase 100 entidades por fornecerem apoio secreto à Rússia.

Pacote bipartidário à Ucrânia

No comunicado, o presidente Joe Biden também instou a aprovação pelo Congresso do pacote bipartidário, que aloca US$ 60 bilhões em ajuda a Kiev, "antes que seja tarde demais". O pacote foi rejeitado no início de fevereiro pelo Senado, com votos contrários vindos em sua maioria de republicanos.

À medida que a guerra se aproxima de seu terceiro ano, o governo Biden tem se tornado cada vez mais dependente do uso de suas ferramentas financeiras para tentar prejudicar e isolar a economia da Rússia. Ele trabalhou com aliados do Grupo dos 7 países para limitar o preço pelo qual o petróleo russo pode ser vendido nos mercados globais, congelou centenas de bilhões de dólares em ativos do banco central russo e decretou restrições comerciais para tentar bloquear o fluxo de tecnologia e equipamentos que a Rússia usa para abastecer suas forças armadas.

Isolamento da Rússia

Os Estados Unidos têm trabalhado em estreita coordenação com a Europa em seus esforços para isolar a Rússia da economia global. Esta semana, a União Europeia revelou sua 13ª parcela de sanções contra a Rússia, proibindo cerca de 200 pessoas e entidades que têm ajudado a Rússia a adquirir armas de viajar ou fazer negócios dentro do bloco. O Reino Unido também anunciou sanções nesta semana a empresas ligadas à cadeia de suprimentos de munição da Rússia, bem como a seis russos acusados de administrar a prisão no Ártico onde Navalny morreu.

Apesar do esforço para exercer pressão econômica sobre Moscou, o país tem resistido amplamente às restrições. A China, a Índia e o Brasil têm comprado petróleo russo em quantidades recordes, e os gastos com o esforço de guerra estimularam a economia russa, que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), no mês passado, estava crescendo mais rápido do que o esperado.

(Com NYT e AFP)

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