Berlusconi deve continuar na política para evitar problemas judiciais
Após anunciar no início da semana que abandonará o poder, Berlusconi limitou suas aparições públicas e descartou ser candidato em futuras eleições
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2011 às 17h40.
Roma - O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi , de quem se espera a renúncia de seu cargo neste sábado, talvez tenha que permanecer na política para evitar problemas com a justiça, dizem analistas.
Após anunciar no início da semana que abandonará o poder, Berlusconi limitou suas aparições públicas, descartou ser candidato em futuras eleições e disse que se sentia "livre".
Contudo, o político de 75 anos - que dominou a vida política de seu país durante quase duas décadas - disse: "Talvez eu dê uma mão em campanhas eleitorais, que é algo que sempre fiz bem".
Berlusconi continua sendo deputado de sua formação de direita, Povo da Liberdade (PdL), em um Parlamento com mandato até 2013, e goza de imunidade parlamentar, o que leva muitos a duvidarem que ele abandonará a política.
O líder italiano se defende de três acusações na justiça, sendo o mais famoso deles o Rubygate, no qual é acusado de ter pago a uma menor de idade marroquina, conhecida como Ruby, por serviços sexuais. Neste mesmo caso, Berlusconi também é acusado de abuso de poder, por intervir ante a polícia de Milão para que liberasse Ruby após esta ter sido detida por roubo em maio de 2010.
Já no caso Mills, Berlusconi é suspeito de ter pago 600.000 dólares a seu ex-advogado britânico, David Mills, nos anos 90, para que este realizasse um falso testemunho.
Por último, no processo Mediaset, Berlusconi foi acusado de ter aumentado artificialmente os preços dos direitos de divulgação de filmes para constituir um "caixa dois" no exterior, reduzir seus lucros na Itália e pagar menos impostos.
De acordo com analistas, apesar da expectativa de sua continuidade na política, num primeiro momento, ele deve optar por um exílio de luxo, com seu mentor, Bettino Craxi.
Craxi, um ex-primeiro-ministro socialista, mudou-se para a Tunísia em 1994, antes de ser condenado a 27 anos de prisão por corrupção.
Segundo a imprensa italiana, Berlusconi teria dito por telefone que pretendia ir a "este país de merda que me dá vontade de vomitar".
"Berlusconi também pode ir para Antígua para escapar dos problemas judiciais ou começar a reunir suas tropas para voltar", disse James Walston, professor da American University de Roma.
Para o analista político Peter Gomez, autor de vários livros sobre Berlusconi, os parentes do magnata da Fininvest o obrigarão a seguir na política.
"Sua família o está pressionando muito. Talvez ele não tenha outra saída a não ser o escudo legal", disse Gomez.
"Sua filha Marina por exemplo já lhe disse claramente que não aceita ser nem um centavo menos rica ou poderosa", afirmou Gomez.
Roma - O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi , de quem se espera a renúncia de seu cargo neste sábado, talvez tenha que permanecer na política para evitar problemas com a justiça, dizem analistas.
Após anunciar no início da semana que abandonará o poder, Berlusconi limitou suas aparições públicas, descartou ser candidato em futuras eleições e disse que se sentia "livre".
Contudo, o político de 75 anos - que dominou a vida política de seu país durante quase duas décadas - disse: "Talvez eu dê uma mão em campanhas eleitorais, que é algo que sempre fiz bem".
Berlusconi continua sendo deputado de sua formação de direita, Povo da Liberdade (PdL), em um Parlamento com mandato até 2013, e goza de imunidade parlamentar, o que leva muitos a duvidarem que ele abandonará a política.
O líder italiano se defende de três acusações na justiça, sendo o mais famoso deles o Rubygate, no qual é acusado de ter pago a uma menor de idade marroquina, conhecida como Ruby, por serviços sexuais. Neste mesmo caso, Berlusconi também é acusado de abuso de poder, por intervir ante a polícia de Milão para que liberasse Ruby após esta ter sido detida por roubo em maio de 2010.
Já no caso Mills, Berlusconi é suspeito de ter pago 600.000 dólares a seu ex-advogado britânico, David Mills, nos anos 90, para que este realizasse um falso testemunho.
Por último, no processo Mediaset, Berlusconi foi acusado de ter aumentado artificialmente os preços dos direitos de divulgação de filmes para constituir um "caixa dois" no exterior, reduzir seus lucros na Itália e pagar menos impostos.
De acordo com analistas, apesar da expectativa de sua continuidade na política, num primeiro momento, ele deve optar por um exílio de luxo, com seu mentor, Bettino Craxi.
Craxi, um ex-primeiro-ministro socialista, mudou-se para a Tunísia em 1994, antes de ser condenado a 27 anos de prisão por corrupção.
Segundo a imprensa italiana, Berlusconi teria dito por telefone que pretendia ir a "este país de merda que me dá vontade de vomitar".
"Berlusconi também pode ir para Antígua para escapar dos problemas judiciais ou começar a reunir suas tropas para voltar", disse James Walston, professor da American University de Roma.
Para o analista político Peter Gomez, autor de vários livros sobre Berlusconi, os parentes do magnata da Fininvest o obrigarão a seguir na política.
"Sua família o está pressionando muito. Talvez ele não tenha outra saída a não ser o escudo legal", disse Gomez.
"Sua filha Marina por exemplo já lhe disse claramente que não aceita ser nem um centavo menos rica ou poderosa", afirmou Gomez.