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Bélgica alertou a polícia catalã sobre imã de ataque, diz fonte

Polícia da Catalunha está sendo alvo de críticas devido ao ataque com uma van que deixou 13 mortos na região espanhola

Polícia catalã: aviso sobre o imã foi feito informalmente entre dois policiais da Bélgica e da Catalunha que já se conheciam (Sergio Perez/Reuters)

Polícia catalã: aviso sobre o imã foi feito informalmente entre dois policiais da Bélgica e da Catalunha que já se conheciam (Sergio Perez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 09h26.

Madri - Um policial belga disse a um colega catalão em 2016 que o imã que acredita-se ter sido o mentor do ataque da semana passada em Barcelona era suspeito, mas nenhuma informação foi encontrada na época para relacioná-lo com a militância islâmica, disse uma fonte à Reuters nesta quinta-feira.

A polícia da Catalunha está sendo alvo de críticas devido ao ataque com uma van que deixou 13 mortos na região espanhola. Duas outras pessoas foram mortas durante a fuga do motorista e em um ataque separado na cidade de Cambrils.

A mídia espanhola acusou nesta quinta-feira a polícia catalã de não investigar adequadamente o imã marroquino Abdelbaki Es Satty.

Enquanto isso, um jogo de culpa mais amplo ocorre entre as autoridades de Madri e da Catalunha, cujos líderes pressionam há anos pela independência catalã.

O aviso sobre o imã foi feito informalmente entre dois policiais da Bélgica e da Catalunha que já se conheciam, disse uma fonte do governo regional catalão.

"A comunicação entre os dois policiais não foi oficial. Eles se conheciam porque tinham se encontrado em um seminário da polícia", disse a fonte, sob condição de anonimato.

Entretanto, nenhuma informação sobre o clérigo foi encontrada nos registros da polícia. "Os documentos mostram que nós não tínhamos nenhuma informação sobre o imã", disse a fonte, acrescentando que o único canal de comunicação oficial entre a polícia da Catalunha, os Mossos d'Esquadra, com a polícia de outros países é através do governo central da Espanha.

O governo regional catalão e o governo central espanhol se recusaram a comentar.

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