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BCE continua com problemas na gestão de colateral

Bancos foram capazes de obter até 550 milhões de euros em recursos adicionais do banco central sem ter de fornecer o colateral correspondente

Sede do Banco Central Europeu (BCE) (REUTERS/Lisi Niesner)

Sede do Banco Central Europeu (BCE) (REUTERS/Lisi Niesner)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2013 às 16h10.

São Paulo - O Banco Central Europeu (BCE) continua a ter problemas no gerenciamento de colateral, segundo o jornal alemão Welt am Sonntag. O Banco da França (BoF), membro do Sistema Europeu de Bancos Centrais, concedeu muito crédito com colateral para seis bancos, em face de descontos de avaliação de risco insuficiente feitos sobre os colaterais. O banco forneceu crédito em troca de títulos conhecidos como Iniciativa Step, sigla em inglês para instrumentos de dívida de curto prazo, que foram recebidos como colaterais.

Segundo a matéria, notes com valor inferior a 6,5 bilhões de euros (US$ 8,5 bilhões) com vencimento de até um ano, que foram emitidos pelos seis bancos foram beneficiadas por descontos sobre avaliação de riscos que foram considerados muito pequenos. Como resultado, os bancos foram capazes de obter até 550 milhões de euros em recursos adicionais do banco central sem ter de fornecer o colateral correspondente, segundo cálculos do jornal. De acordo com a reportagem, os seis bancos incluem o francês Société Générale e o italiano UniCredit.

Os bancos ofereceram, no entanto, outros colaterais suficientes de forma que não houve impacto nas operações de política monetária, de acordo com o BCE, citado no jornal.

Segundo o BCE, em 113 casos, os descontos sobre avaliação de risco para colaterais da iniciativa Step calculados pelo BoF estavam errados, cita o jornal.

O Banco da França diz que obtêm dados exclusivamente da Euroclear France, depositária dos papéis. A Euroclear France pertence ao Euroclear Group que também detém o Euroclear Bank, um grande operador do mercado de dívida de curto prazo, o que poderia causar um conflito substancial de interesse, escreve o jornal.

Nos anos recentes, o BCE expandiu de forma importante a lista de papéis que aceita como colateral.

Em novembro, o mesmo jornal mostrou que o Banco da Espanha classificou certas dívidas soberanas espanholas de forma melhor do que as regras de rating do sistema europeu teriam permitido. As informações são da Dow Jones.

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