Cidade Proibida, em Pequim: país começa a flexibilizar moeda (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) disse hoje que adotará medidas adicionais para aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan, mas não forneceu mais detalhes. A autoridade monetária reiterou várias das suas declarações anteriores sobre o yuan, inclusive que manterá um sistema de flutuação administrada para a divisa referenciada contra uma cesta de moedas.
"É necessário adotar medidas adicionais para fazer avançar a reforma do mecanismo de formação da taxa de câmbio e reforçar a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan", disse o comunicado, depois de destacar que "a economia global está se recuperando gradualmente, a base da recuperação econômica da China está mais consolidada e a atividade econômica está se estabilizando".
O comunicado, divulgado pelo PBOC na sua página na internet, não cita qualquer medida específica que será tomada e afirma que "atualmente não há nenhuma base para grandes oscilações ou mudanças na taxa de câmbio do yuan". O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou em um comunicado que o país saúda a decisão da China de aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan, na primeira reação dos EUA ao comunicado do banco central chinês.
"Saudamos a decisão da China de aumentar a flexibilidade de sua taxa de câmbio", disse o comunicado. "A implementação daria uma contribuição positiva para um crescimento econômico forte e equilibrado. Estamos ansiosos para continuar nosso trabalho com a China no G-20 e bilateralmente para reforçar a recuperação."
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que o comunicado do banco central chinês foi um "progresso muito bem-vindo". Segundo ele, o retorno para uma política de flutuação administrada da moeda - sistema utilizado antes da crise financeira global - permitirá que o yuan aumente em valor. Isso, por sua vez, "ajudará o rendimento das famílias chinesas e proverá os incentivos necessários para reorientar o investimento para as indústrias", destacou Strauss-Kahn. As informações são da Dow Jones.