Barroso diz que Europa não pode virar as costas à imigração
O presidente da Comissão Europeia (CE) afirmou que Europa "não pode dar as costas" ao tema da imigração, após visita à ilha de Lampedusa
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 10h55.
Roma - O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, afirmou nesta quarta-feira que a União Europeia "não pode dar as costas" ao tema da imigração , após sua visita à ilha de Lampedusa, cenário do naufrágio de um barco que matou pelo menos 289 imigrantes.
"O problema da Itália tem que ser percebido como um problema de toda a Europa. Temos que reagir de maneira adequada. A Europa não pode dar as costas quando há barcos afundando e destruindo centenas de vidas", acrescentou Durão Barroso.
Ao chegar ao aeroporto de Lampedusa, Barroso e o primeiro-ministro Enrico Letta foram hostilizados por um grupo de manifestantes.
O presidente do executivo comunitário anunciou ainda que a Itália receberá uma ajuda adicional de 30 milhões de euros perante a emergência que está vivendo com a chegada em massa de imigrantes.
Durão Barroso afirmou que sua visita hoje junto com a comissária europeia para assuntos internos Cecilia Malmström a Lampedusa foi para "expressar que a Europa está com o povo de Lampedusa e com a Itália".
Por outro lado, confessou se sentir "muito tocado" após a visita ao hangar onde estão mais de uma centena de caixões dos imigrantes que perderam a vida no naufrágio da quinta-feira passada.
"Uma coisa é vê-lo na televisão e outra coisa é vê-lo aqui. São imagens que não esquecerei nunca", disse Durão Barroso, que também visitou o abrigo da ilha, lotado por cerca de mil imigrantes quando sua capacidade é de 300.
"Vi os olhos desesperados dos sobreviventes. Temos que lhes dar uma esperança. Temos que dar esperança a quem foge da guerra", acrescentou.
Durão Barroso pareceu bastante impressionado ao ver o corpo de uma mulher abraçada a seu filho também morto.
O presidente da CE assegurou que na Europa está tentando ser mais "consciente" quanto ao problema da imigração e que embora os esforços europeus já existissem, "é indispensável dar mais um passo" no tema da imigração e acelerar as iniciativas.
Por isso, anunciou que dessa emergência tratará a mensagem que enviará aos Chefes de Estado para o Conselho de Europeu dos próximos 24 e 25 de outubro em Bruxelas.
Além disso, argumentou que é necessária a "redistribuição do peso" do acolhimento de imigrantes entre os países e lembrou que no ano passado chegaram à Europa 332 mil imigrantes e que 70% dos pedidos de asilo foram recebidos em cinco países: Alemanha, França, Suíça, Reino Unido e Bélgica.
Durão Barroso assegurou que a Comissão Europeia está trabalhando para iniciar um mecanismo em nível europeu que funcione melhor no tema da imigração e acrescentou que é necessário que a Europa se movimente com "solidariedade e generosidade".
Outro argumento do representante é a necessidade de "melhorar a qualidade de vida" das pessoas que emigram para "que não se vejam obrigadas a fugir", enquanto pediu a "cooperação" com os países de passagem dessas pessoas.
Roma - O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, afirmou nesta quarta-feira que a União Europeia "não pode dar as costas" ao tema da imigração , após sua visita à ilha de Lampedusa, cenário do naufrágio de um barco que matou pelo menos 289 imigrantes.
"O problema da Itália tem que ser percebido como um problema de toda a Europa. Temos que reagir de maneira adequada. A Europa não pode dar as costas quando há barcos afundando e destruindo centenas de vidas", acrescentou Durão Barroso.
Ao chegar ao aeroporto de Lampedusa, Barroso e o primeiro-ministro Enrico Letta foram hostilizados por um grupo de manifestantes.
O presidente do executivo comunitário anunciou ainda que a Itália receberá uma ajuda adicional de 30 milhões de euros perante a emergência que está vivendo com a chegada em massa de imigrantes.
Durão Barroso afirmou que sua visita hoje junto com a comissária europeia para assuntos internos Cecilia Malmström a Lampedusa foi para "expressar que a Europa está com o povo de Lampedusa e com a Itália".
Por outro lado, confessou se sentir "muito tocado" após a visita ao hangar onde estão mais de uma centena de caixões dos imigrantes que perderam a vida no naufrágio da quinta-feira passada.
"Uma coisa é vê-lo na televisão e outra coisa é vê-lo aqui. São imagens que não esquecerei nunca", disse Durão Barroso, que também visitou o abrigo da ilha, lotado por cerca de mil imigrantes quando sua capacidade é de 300.
"Vi os olhos desesperados dos sobreviventes. Temos que lhes dar uma esperança. Temos que dar esperança a quem foge da guerra", acrescentou.
Durão Barroso pareceu bastante impressionado ao ver o corpo de uma mulher abraçada a seu filho também morto.
O presidente da CE assegurou que na Europa está tentando ser mais "consciente" quanto ao problema da imigração e que embora os esforços europeus já existissem, "é indispensável dar mais um passo" no tema da imigração e acelerar as iniciativas.
Por isso, anunciou que dessa emergência tratará a mensagem que enviará aos Chefes de Estado para o Conselho de Europeu dos próximos 24 e 25 de outubro em Bruxelas.
Além disso, argumentou que é necessária a "redistribuição do peso" do acolhimento de imigrantes entre os países e lembrou que no ano passado chegaram à Europa 332 mil imigrantes e que 70% dos pedidos de asilo foram recebidos em cinco países: Alemanha, França, Suíça, Reino Unido e Bélgica.
Durão Barroso assegurou que a Comissão Europeia está trabalhando para iniciar um mecanismo em nível europeu que funcione melhor no tema da imigração e acrescentou que é necessário que a Europa se movimente com "solidariedade e generosidade".
Outro argumento do representante é a necessidade de "melhorar a qualidade de vida" das pessoas que emigram para "que não se vejam obrigadas a fugir", enquanto pediu a "cooperação" com os países de passagem dessas pessoas.