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Banco Mundial teme aumento de temperatura em 4°C para 2060

Segundo a instituição, o aquecimento terá consequências potencialmente devastadoras para cidade costeiras e países pobres

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, fala com a imprensa em Berilm em 11 de setembro: "temos que manter o aquecimento abaixo de dois graus" (John Macdougall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 09h12.

Washington - O Banco Mundial (BM) advertiu no domingo que a temperatura global aumentará 4 graus centígrados até 2060 se não forem tomadas ações imediatas, com consequências potencialmente devastadoras para cidade costeiras e países pobres.

"O tempo é muito, mas muito curto. O mundo deve enfrentar o problema das mudanças climáticas de forma mais agressiva", disse o presidente do BM, Jim Yonk Kim, em uma coletiva de imprensa por telefone de Washington para divulgar o relatório dirigido pelo organismo.

Em um chamado à ação, o organismo vinculou a futura riqueza do planeta - e, sobretudo, das regiões em desenvolvimento - aos esforços imediatos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa das fontes de energia.

"Nunca acabaremos com a pobreza se não lutarmos contra as mudanças climáticas. É um dos maiores desafios para a justiça social na atualidade", disse Kim.

Segundo o relatório do BM, até 2060 o planeta pode aumentar sua temperatura em até 4 graus centígrados acima dos níveis do planeta pré-industrial se as promessas dos governos de combater as mudanças climáticas não forem cumpridas.

Mas inclusive se os países cumprirem os compromissos assumidos até a data, o estudo apontou 20% de probabilidade de aumento de 4 graus para 2100 e afirmou que era muito provável um aumento de 3 graus.


Os acordos sobre o clima liderados pela ONU se comprometeram a limitar o aumento da temperatura a não mais que 2 graus.

"Um mundo quatro graus mais quente pode e deve ser evitado. Temos que manter o aquecimento abaixo de dois graus", ressaltou Kim.

"A falta de uma ação ambiciosa sobre as mudanças climáticas ameaça colocar a prosperidade fora do alcance de milhares de pessoas e fazer décadas de desenvolvimento retrocederem", acrescentou.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou em um comunicado que o informe mostrou a necessidade de que os países mantenham seus compromissos assumidos no ano passado em Durban, na África do Sul, para colocar em andamento um novo acordo vinculante em 2015.

A maioria dos 190 países da convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas inicia suas últimas reuniões anuais no dia 26 de novembro no Qatar.

As temperaturas globais já aumentaram cerca de 8 graus centígrados. O planeta registrou uma série de temperaturas recorde durante a década passada e experimentou frequentes desastres que especialistas atribuem às mudanças climáticas, sendo o mais recente a supertempestade Sandy, que atingiu Haiti, Cuba e a costa leste dos Estados Unidos de forma inclemente.

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Washington - O Banco Mundial (BM) advertiu no domingo que a temperatura global aumentará 4 graus centígrados até 2060 se não forem tomadas ações imediatas, com consequências potencialmente devastadoras para cidade costeiras e países pobres.

"O tempo é muito, mas muito curto. O mundo deve enfrentar o problema das mudanças climáticas de forma mais agressiva", disse o presidente do BM, Jim Yonk Kim, em uma coletiva de imprensa por telefone de Washington para divulgar o relatório dirigido pelo organismo.

Em um chamado à ação, o organismo vinculou a futura riqueza do planeta - e, sobretudo, das regiões em desenvolvimento - aos esforços imediatos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa das fontes de energia.

"Nunca acabaremos com a pobreza se não lutarmos contra as mudanças climáticas. É um dos maiores desafios para a justiça social na atualidade", disse Kim.

Segundo o relatório do BM, até 2060 o planeta pode aumentar sua temperatura em até 4 graus centígrados acima dos níveis do planeta pré-industrial se as promessas dos governos de combater as mudanças climáticas não forem cumpridas.

Mas inclusive se os países cumprirem os compromissos assumidos até a data, o estudo apontou 20% de probabilidade de aumento de 4 graus para 2100 e afirmou que era muito provável um aumento de 3 graus.


Os acordos sobre o clima liderados pela ONU se comprometeram a limitar o aumento da temperatura a não mais que 2 graus.

"Um mundo quatro graus mais quente pode e deve ser evitado. Temos que manter o aquecimento abaixo de dois graus", ressaltou Kim.

"A falta de uma ação ambiciosa sobre as mudanças climáticas ameaça colocar a prosperidade fora do alcance de milhares de pessoas e fazer décadas de desenvolvimento retrocederem", acrescentou.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou em um comunicado que o informe mostrou a necessidade de que os países mantenham seus compromissos assumidos no ano passado em Durban, na África do Sul, para colocar em andamento um novo acordo vinculante em 2015.

A maioria dos 190 países da convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas inicia suas últimas reuniões anuais no dia 26 de novembro no Qatar.

As temperaturas globais já aumentaram cerca de 8 graus centígrados. O planeta registrou uma série de temperaturas recorde durante a década passada e experimentou frequentes desastres que especialistas atribuem às mudanças climáticas, sendo o mais recente a supertempestade Sandy, que atingiu Haiti, Cuba e a costa leste dos Estados Unidos de forma inclemente.

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